Nas carreiras científicas, Medicina é a preferida dos alunos

Finlândia é um dos países onde a percentagem dos alunos que dizem participar em actividades científicas é mais baixa.

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Só 27,5% dos alunos portugueses pensam seguir carreiras científicas no futuro gmw guilherme marques

O que esperas estar a fazer quando tiveres 30 anos? Esta foi uma das muitas perguntas colocadas aos alunos nos questionários que acompanham os testes do PISA (Programme for International Student Assessment) e, como era de esperar, foram muitos os que se mostraram hesitantes, porque aos 15 anos a idade adulta parece pertencer ainda a um futuro muito distante.

Entre os que responderam, cerca de 24% dos alunos do conjunto dos países da OCDE deram conta que esperavam por essa altura seguir carreiras ligadas às Ciências. Em Portugal esta percentagem sobe para os 27,5%, um valor que, contudo, desceu substancialmente por comparação a 2006 (33,7%), quando as Ciências foram também o principal domínio em análise no PISA.

Em média, na OCDE, como em Portugal, as profissões que nesta área recolhem mais preferências são as ligadas à Saúde, seguidas pelas Ciências e engenharias. Por género, a profissão de médico é a que mais entusiasma tanto rapazes e raparigas e a que encabeça a lista de preferências. De seguida, eles optam pelas engenharias e elas por outras profissões ligadas à Saúde, como dentista ou nutricionista. Segue-se, para eles, as profissões ligadas à programação e para elas a arquitectura e o design.

Portugal está também acima da média da OCDE quanto à participação dos alunos em actividades científicas. Curiosamente, a Finlândia, o Japão e a Holanda são os que têm valores mais baixos nestes itens.

Ver programas científicos na TV

Foram colocadas sete opções aos estudantes para estes assinalarem se faziam com muitas frequência ou de forma regular essas actividades. Entre elas figuram ver programas científicos na televisão, comprar ou alugar livros científicos, visitar sites dedicados a este domínio, ler revistas científicas e fazer simulações em computadores. As percentagens de respostas positivas dos alunos portugueses oscilam entre 34% e 12%. Na OCDE, os resultados médios variam entre cerca de 22% e 9%. E na Finlândia vão entre os 3% e os 12%.

Por actividades, a mais popular entre os alunos portugueses, à semelhança da média da OCDE, é a que respeita ao ver com frequências programas científicos na televisão. A que recebe menos respostas positivas, também em linha com a média da OCDE, é a que diz respeito à pertença a um clube de ciências.

Aos alunos também foi perguntado qual a sua posição no que respeita ao gosto por aprenderem Ciências. Dos 35 países da OCDE analisados, uma média de 66% indicou que que gosta de aprender coisas novas sobre Ciências. Em Portugal, este valor sobe para 84%.

Os alunos portugueses são ainda os que mais concordam com a ideia de que para conhecer é necessário experimentar e ainda com a constatação de que os conhecimentos nesta área “por vezes mudam”. As respostas positivas dos alunos portugueses oscilam entre 89% e 93%, enquanto a média na OCDE vai de 79 a 86%.

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