União Europeia lança Corpo de Solidariedade para jovens até aos 30 anos

Jovens entre os 18 e os 30 anos podem inscrever-se a partir de quarta-feira em portal para ter uma experiência como voluntários, estagiários ou trabalhadores.

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O voluntariado, o estágio ou o trabalho poderá ser feito em Portugal ou no estrangeiro Nuno Ferreira Santos

Tem mais de 18 anos e menos de 30? Gostaria de ter uma experiência na área da ajuda ao desenvolvimento? A Comissão Europeia apresenta nesta quarta-feira o Corpo de Solidariedade Europeia. Em Março os primeiros jovens devem estar no terreno.

A ideia foi apresentada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, no ano passado. “A União Europeia também pode contribuir para a criação de oportunidades para os jovens. Existem muitos jovens na Europa com consciência social, que estão dispostos a ajudar a sociedade”, disse, decorria 14 de Setembro de 2015. “Jovens em toda a Europa poderão voluntariar-se para ajudar onde é mais necessário, para responder a situações de crise, como o fluxo de refugiados.”

Ninguém deverá pôr os jovens a fazer ajuda humanitária de emergência — como acções de busca e salvamento —, algo que requer o esforço de especialistas altamente qualificados. Poderão antes ser integrados em entidades que estejam, por exemplo, a reconstruir uma aldeia destruída por um desastre natural, a acolher candidatos a asilo, a desenvolver um projecto de inclusão social ou de combate à pobreza ou de acesso aos cuidados de saúde. Quem estiver interessado poderá inscrever-se a partir de quarta-feira em http://europa.eu/solidarity-corps.

A vice-presidente da Comissão Europeia Kristalina Georgieva irá apresentar a iniciativa às 12h00 (hora de Lisboa), na Rotunda Schuman, em Bruxelas. À essa hora, em Portugal, a representação da União Europeia fará o mesmo, mas na sede da Fundação AMI, na Rua José do Patrocínio, em Lisboa, um evento que será aberto ao público em geral. 

O Corpo de Solidariedade Europeia parte de vários programas (de estágio, trabalho ou voluntariado) destinados a jovens e procura mobilizar redes activas no espaço comunitário. Cria um ponto de entrada único para pessoas com vontade de agir e organizações não governamentais, autoridades locais ou empresas privadas que desenvolvem trabalho social. 

Na quarta-feira, nos sítios que servirão de rampa de lançamento, já pode inscrever-se qualquer rapaz ou rapariga com mais de 18 e menos de 30 anos, não importa o grau de ensino. O voluntariado, o estágio ou o trabalho poderá ser feito em Portugal ou no estrangeiro, conforme as preferências dos jovens e as necessidades das organizações acreditadas pela União Europeia.

Para já não é possível garantir qualquer colocação. As inscrições abrem ao mesmo tempo para jovens e entidades (públicas ou privadas). Presume-se que haverá vagas para uma grande variedade de perfis, de modo a acolher tanto os que deixaram a escola cedo, como os que completaram o ensino superior.

Se o jovem for recrutado como trabalhador, aprendiz ou estagiário noutro Estado-membro, receberá um salário ou uma bolsa para cobrir as suas despesas de deslocação e estadia. Se for recrutado como voluntário, os gastos básicos (comida, alojamento, transporte) serão cobertos através do subvenção atribuída à organização e o jovem receberá algum dinheiro para os seus gastos pessoais, cujo valor depende de país para país. 

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