PSD conclui que Costa “entregaria milhões” a Salgado para salvar banco

Maria Luís Albuquerque rejeita acusações do primeiro-ministro sobre intervenção do anterior governo na banca.

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Maria Luís Albuquerque Rui Gaudêncio

A vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, condenou as declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobre a intervenção do anterior Governo na banca. Em entrevista à Lusa, António Costa disse que o Executivo de Passos Coelho destruiu o BES e o Banif.

São acusações de “gravidade e de falsidade”, disse a deputada aos jornalistas, no Parlamento. “Gostaria de dizer que estas declarações que nos levam a concluir que se fosse primeiro-ministro tinham sido entregues milhares de milhões ao doutor Ricardo Salgado”, afirmou. 

A ex-ministra das Finanças defendeu a sua posição, remetendo para as declarações do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, quando disse que os problemas no sistema financeiro “são anteriores a 2011”, ou seja, antes do Governo PSD/CDS. “É uma grande ignorância ou sinal de iliteracia”, comentou a dirigente social-democrata. 

António Costa declarou ser “absolutamente irresponsável” a postura do PSD que, “enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro". “Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o Banco Espírito Santo (BES), conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif, e se não tivesse mudado o Governo gostava de saber quantos mais bancos teriam sido destruídos. Há um seguramente que teria sido destruído, a CGD, ou, pelo menos, teria sido empurrado para uma privatização que privaria os portugueses de terem um instrumentos fundamental ao serviço da economia", acusou, em declarações à Lusa.

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