Charles Darwin vai ao teatro – e leva o público com ele no seu Beagle

A nova produção do Teatro Nacional D. Maria II vai levar A Origem das Espécies às crianças

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Animais, espécies, ciência e história. Tudo isto vai estar no palco do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, com a peça infanto-juvenil A Origem das Espécies, de Carla Maciel, Crista Alfaiate, Marco Paiva e Paula Diogo, que se estreia este sábado para o público em geral – as sessões para escolas começaram esta quarta-feira.

O espectáculo, de cerca de uma hora, baseia-se não só no livro A Origem das Espécies, mas também em A Viagem do Beagle, obra em que Darwin reúne os diários escritos nos cinco anos a bordo do navio que o levou a conhecer o mundo e a elaborar as suas teorias sobre a selecção natural. 

A peça, uma parceria com o Museu de História Natural e da Ciência, divide-se em duas partes. Na primeira, mais performativa e coreográfica, sem texto, destacam-se os efeitos visuais e sonoros, com jogos de luz e projecções, bem como sons de trovoada ou de chuva, por exemplo, que evocam as sensações de Darwin no Beagle, ao descobrir animais que nunca pensara que existissem, por lugares tão diferentes e distantes como a Patagónia ou as Ilhas Galápagos.

A seguir, entra-se no laboratório de quatro cientistas que discutem as teorias de Darwin. É uma caveira gigante projectada que introduz esta segunda parte, falando da vida – sobretudo da juventude – de Charles Darwin, o rapaz em quem “o prazer de observar era superior a tudo”. Aqui, os actores interpretam cientistas que discutem a origem e a evolução dos animais, e como as espécies se adaptam aos locais onde vivem – incluindo o homem. Mas a segunda parte não é apenas conversa. Há vídeo e brinquedos à mistura, tudo para atrair os mais pequenos, como se a ciência fosse um jogo.

A ideia do espectáculo surgiu há um ano, após Carla Maciel ter visto a série Cosmos, de Carl Sagan. Para os actores, o objectivo é dar a ver Darwin como um ser humano, mais do que dar uma aula sobre a teoria da origem das espécies. O que pretendem é estimular a curiosidade dos mais novos sobre o assunto e incentivá-los a não deixarem de se questionar. A própria peça é vista como uma travessia, como uma viagem iniciática e um percurso pelas ideias de Darwin.

Até 18 de Dezembro, de quarta a sexta, a Sala Garrett recebe escolas do ensino básico às 11h. Ao fim-de-semana, às 16h (e às 11h nos dias feriados), famílias com crianças a partir dos seis anos são bem-vindas. Os preços para o público em geral variam entre os cinco e os 17 euros. Nos grupos escolares, os alunos pagam cinco euros por um bilhete que dá direito a visitar as exposições A Aventura da Terra e Francisco Arruda Furtado, discípulo de Darwin no Museu de História Natural e da Ciência.

Texto editado por Inês Nadais

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