Sissi recebido ao mais alto nível

Uma visita para "marcar o futuro do relacionamento bilateral entre os dois países”, diz nota de Belém.

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O Presidente da República do Egipto chega a Portugal esta segunda-feira AFP

Vinte e quatro anos depois da última visita de um chefe de Estado do Egipto a Portugal, foi à equipa de Marcelo Rebelo de Sousa que coube anunciar, sem pormenores, a vinda de Abdel Fattah al-Sisi, Presidente da República egípcio. Dois dias, 21 e 22 de Novembro, para “marcar o futuro do relacionamento bilateral entre os dois países”, de acordo com nota de Belém, na qual se lê ainda que esta será a “primeira visita de Estado realizada a Portugal, desde a tomada de posse do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa”.

O PÚBLICO tentou, junto da Presidência da República, perceber se o convite havia sido feito por Marcelo, em que circunstâncias e com que objectivos, mas a resposta dos serviços diplomáticos não chegou em tempo útil. Da nota já referida é possível concluir-se que a visita terá “uma forte componente político-diplomática” e que também incluirá “os importantes vectores da economia, da investigação e da defesa”.

Além das reuniões de trabalho entre os dois presidentes, Sisi será recebido ao mais alto nível na Assembleia da República, por Eduardo Ferro Rodrigues, em São Bento, por António Costa, e na Câmara de Lisboa, por Fernando Medina.

O programa oficial inclui “encontros com empresários portugueses e com representantes do mundo científico e académico na área das relações internacionais e da egiptologia”, de acordo com a nota da Presidência. Já a Fundação Champallimaud informou que o chefe de Estado egípcio "visita a Fundação Champalimaud na segunda-feira, dia 21” para “conhecer em detalhe as áreas de investigação e a clínica do cancro”.

Madalena Ficher, a embaixadora portuguesa naquele território, disse entretanto que "o Egipto pode servir como porta de entrada dos produtos portugueses para os países africanos, especialmente após o lançamento da zona de comércio livre dos três principais blocos africanos (COMESA, SADC e EAC) em 2015". A diplomata informou ainda que várias empresas portuguesas demonstraram interesse em explorar as oportunidades de negócio disponíveis no mercado egípcio", na área dos portos, dos produtos farmacêuticos, da tecnologia e das energias renováveis".

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