Militantes do PS pedem directas em Matosinhos

Uma centena e meia de socialistas subscrevem carta a António Costa reclamando directas para escolha do candidato.

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Costa esteve em Matosinhos Nelson Garrido

A visita ao Norte de António Costa terminou em Matosinhos com a inauguração da Casa do Design. Os antigos edifícios da Caixa Geral de Depósitos e da Casa de Crédito e Previdência, na principal rua da cidade, ganham a partir de agora uma nova vida.

Matosinhos, que já foi um bastião socialista, é uma das câmaras que o PS quer reconquistar e António Costa vai dispensar-lhe uma atenção especial. A direcção nacional e a distrital do Porto querem Luísa Salgueiro, mas há uma parte do partido que não concorda. Esta divisão na família socialista levou a que uma centena e meia de militantes subscrevesse uma carta ao secretário-geral na qual reclamam a realização e eleições directas em Matosinhos. “É urgente encontrar uma solução para a crise política em Matosinhos”, lê-se na carta que tem como primeiro subscritor Manuel Alexandre Góis, dirigente nacional do PS e membro do secretariado de Leça da Palmeira.

“A presente carta surge como um imperativo de cidadania num quadro de descrença da generalidade dos militantes no concelho de Matosinhos por tudo o que se tem e está a passar no que concerne às escolhas dos candidatos autárquicos”, refere a carta onde os subscritores se mostram disponíveis para “ajudar a encontrar a melhor solução, que tenha como principal objectivo a não exclusão dos militantes, porque são eles que podem com o sue empenho e trabalho manter a identidade do PS e levá-lo novamente à vitória”.

Contra o “contínuo estado de desfragmentação partidária com várias facções sem condordância relativamente a uma grande parte dos assuntos em discussão”, os socialistas de Matosinhos que assinaram a carta entendem que “é absolutamente necessário legitimar a candidatura a partir de todos os meios democráticos que espelham bem o carácter de um partido como é o PS” pelo que reclamam a “realização de eleições directas para a escolha dos candidatos a presidente da câmara e a presidente de junta”.

“Os militantes, que são a alma e o coração dos partidos, não servem só para agitar bandeiras nem encher restaurantes merecem fazer parte da escolha dos órgãos locais”, declarou ao PÚBLICO Manuel Alexandre Góis, que apoiou Daniel Adrião, quando este disputou as eleições internas no PS contra António Costa.

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