Foi longo o caminho para a 21.ª vitória consecutiva de Murray

Escocês derrotou Kei Nishikori por 6-7 (9-11), 6-4 e 6-4 nas ATP World Tour Finals.

Foto
Tony O'Brien/Reuters

Ostentar o primeiro lugar do ranking é um orgulho, mas é também entrar no court com um alvo nas costas. Andy Murray sentiu essa pressão no segundo encontro nas ATP World Tour Finals, no qual enfrentou Kei Nishikori, com quem já tinha travado dois intensos duelos nesta época: cinco horas na Taça Davis, quatro horas nos quartos-de-final do Open dos EUA. Nesta quarta-feira, Murray levou quase três horas e meia — o segundo encontro mais longo em três sets na carreira do escocês — para obter a primeira vitória desde Junho sobre um adversário do top 5, por 6-7 (9/11), 6-4, 6-4, e a 21.ª consecutiva no circuito.

“Estou um pouco cansado, obviamente. Estive no banho de gelo após o encontro. Tenho a certeza que, amanhã, vou estar um pouco dorido, mas é positivo. Tenho um dia de descanso, para recuperar”, afirmou Murray, que está em Londres a defender o primeiro lugar do ranking, da tentativa de recuperação por parte de Novak Djokovic.

Nishikori foi sempre o que esteve mais perto de assinar o primeiro break, em quatro ocasiões, ao mesmo tempo que ia cedendo poucos pontos nos seus serviços. Murray só teve uma oportunidade de quebrar o adversário, a 5-6, mas o japonês salvou o set-point. No tie-break, Murray salvou três set-points e recuperou de 3/6 para grande entusiasmo dos milhares de compatriotas que esgotaram a Arena O2. Mas no quinto set-point que enfrentou, Murray serviu e falhou uma esquerda, pondo fim a um set de hora e meia.

Nishikori pagou rapidamente a factura do esforço exigido e cedeu o serviço a abrir a segunda partida. No set decisivo, o líder do ranking também chegou a 3-1 e até ampliou para 5-2. O japonês ainda recuperou um dos breaks em atraso, mas a 5-4 e ao fim de três horas e 20 minutos, Murray alcançou o primeiro match-point, concretizado no 49.º erro não forçado de Nishikori — mais dez que o britânico. Em termos estatísticos, a maior diferença situou-se no aproveitamento de break-points: 4 em 7, para Murray; 2 em 11, para Nishikori.

Este foi o mais longo encontro em três sets na história das ATP World Tour Finals desde que há registo (1991), suplantando por oito minutos o registo da meia-final de 2010, ganha (7-6, 3-6 e 7-6) por Rafael Nadal a… Murray.

Apesar de ter somado a segunda vitória no Grupo John McEnroe, o escocês ainda não garantiu a presença nas meias-finais, já que Stan Wawrinka (3.º) derrotou Marin Cilic (7.º), por 7-6 (7
3), 7-6 (7/3). Wawrinka, que neste ano só contava com duas vitórias sobre adversários do top 10, ambas a caminho do triunfo no Open dos EUA, coloca-se na corrida para a segunda fase, enquanto Cilic ficou já de fora, ao somar a segunda derrota.

Murray precisa somente de vencer um set quando defrontar Wawrinka na sexta-feira, enquanto o suíço necessita de ganhar ao número um mundial.

Na sessão da tarde de quinta-feira, Novak Djokovic vai defrontar o belga David Goffin (11.º), que substitui o francês Gael Monfils, lesionado nas costelas. À noite, o segundo encontro do Grupo Ivan Lendl vai opor Milos Raonic a Dominic Thiem.

Sugerir correcção
Comentar