Avisou que Trump iria vencer. Agora acredita que haverá um impeachment

Há 30 anos que Lichman não falha a previsão do vencedor da corrida à Casa Branca. Contra várias sondagens, afirmou que Trump ia vencer. E deixa um novo aviso: há grandes probabilidades de haver um impeachment.

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Donald Trump toma posse a 20 de Janeiro e está a trabalhar na equipa que vai compor a sua Administração Reuters/KEVIN LAMARQUE

O professor que previu que Donald Trump iria ser o vencedor das eleições norte-americanas arrisca agora dizer que o Presidente eleito vai ser alvo de impeachment, ficando, por isso, impedido de exercer as funções.

Allan J. Lichman, professor de História da Universidade Americana em Washington, tem acertado em todos os vencedores das eleições presidenciais nas últimas três décadas e a 8 de Novembro o resultado não foi excepção. Em declarações à CNN esta terça-feira, Lichman afirma que “há uma boa probabilidade de Donald Trump enfrentar um impeachmenp [processo de retirada do mandato de qualquer chefe do poder executivo]”.

Desta vez, o professor de História não recorre aos 13 parâmetros que utilizou para prever o resultado das eleições, mas ao seu instinto. E aponta duas razões. “Durante sua vida, Donald Trump manipulou a lei. Foi responsável por uma organização de caridade ilegal em Nova Iorque. Contribuiu ilegalmente para a sua campanha através dessa associação de caridade. Usou a caridade para cobrir despesas pessoais. Enfrenta um processo RICO (Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act)”, argumenta.  

A jornalista da CNN lembrou que as acusações não foram provadas em tribunal e questionou como seria o impeachment possível tendo em conta que os republicanos têm a maioria também no Senado.

“Esse é o meu segundo ponto”, continua o professor de História. “Os republicanos estão nervosos em relação a Trump. É alguém descontrolado. Ninguém conhece aquilo em que realmente acredita ou qual a sua posição. Não pode ser controlado. Os republicanos preferiam ter Mike Pence [vice-presidente eleito]”, asseverou. Um “republicano conservador absolutamente previsível”, justifica.

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