Ban Ki-moon espera que Guterres continue a lutar pelo combate às mudanças climáticas

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Ban Ki-moon em Marraquexe Reuters/YOUSSEF BOUDLAL

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta terça-feira que espera que o seu sucessor, o português António Guterres, e as Nações Unidas "continuem a avançar com energia em favor da causa do combate às mudanças climáticas".

"Desde o meu primeiro dia de mandato, tenho levado com prioridade a causa das mudanças climáticas. Temos que ter certeza de que o Acordo de Paris será implementado na sua totalidade", disse Ban Ki-moon numa conferência de imprensa no âmbito da Conferência do Clima (COP 22), em Marraquexe,

Faltando pouco mais de um mês para terminar seu mandato, Ban Ki-moon está em Marracos para participar na sua última COP e apelou para que todos os países ratifiquem o quanto antes o Acordo de Paris. "Temos muito a ganhar se agirmos agora. É preciso aumentar o nível de ambição dos planos nacionais de clima para os próximos anos e acelerar os esforços", defendeu.

Não há um "plano B", disse Ban Ki-moon porque não há "um planeta B, é só esse". "O que antes era impensável, agora é imparável. Peço aos líderes políticos que tenham uma responsabilidade moral. O Acordo de Paris entrou em vigor num tempo recorde. Nunca na história das Nações Unidas, nenhum acordo entrou em vigor tão rapidamente", afirmou.

A 22.ª Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 22) continuará em Marraquexe até ao próximo dia 18.
Hoje, chefes de Estado de Governo e ministros discursarão em plenária, estando previstas intervenções dos primeiros-ministros português, António Costa, e são-tomense, Patrice Trovoada.

A conferência ocorre um ano após o Acordo de Paris, quando 195 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram o acordo para limitar o aumento da temperatura do planeta em até 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

O desafio nesta Conferência do Clima em Marrocos é alcançar um consenso sobre as regras de como implementar o Acordo de Paris.

O tema do financiamento está no centro do debate, tanto em relação à ajuda pública aos países em desenvolvimento de 100 mil milhões de dólares, prometidos até 2020, como ao objectivo de tornar "mais verdes" as finanças mundiais.

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