A notícia foi dada em primeira mão pela empresa, esvaziando, de algum modo, o impacto que poderiam ter as afirmações feitas esta segunda-feira pelos responsáveis do Ministério Público alemão: o presidente da Volkswagen, Hans Dieter Poetsch, está directamente envolvido nas investigações que estão a ser desenvolvidas na sequência do escândalo das manipulações dos resultados de emissões poluentes dos veículos.

Os procuradores alemães entenderam alargar o âmbito das suas investigações, atingindo directamente o actual presidente, que, na altura em que rebentou o escândalo, em Setembro de 2015, era o director financeiro da construtora automóvel.

A investigação que está a ser levada a cabo incide não só na alegada prática de manipulação dos testes de emissões, mas também no facto de esta informação ter demorado a ser divulgada, tendo em conta os impactos financeiros que ela iria provocar. 

Num comunicado divulgado no domingo, a empresa informou que não só o seu actual presidente estava a ser investigado, mas também um outro membro do conselho de administração – embora não tenha indicado o nome do envolvido. No início do escândalo, que terá afectado 11 milhões de veículos em todo o mundo, a empresa garantia que apenas alguns técnicos estavam envolvidos na manipulação dos resultados dos testes feitos a motores a gasóleo, sem conhecimento da gestão de topo.