Técnicos de diagnóstico e terapêutica marcam greve por tempo indeterminado

Os principais motivos de contestação são a falta de políticas de empregabilidade e as 40 horas de trabalho sem diferenciação salarial.

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A greve por tempo indeterminado que se inicia a 16 de Novembro poderá afetar áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia ou a cardiopneumologia. ADRIANO MIRANDA / PUBLICO

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica vão estar em greve a partir de 16 de Novembro por tempo indeterminado. Os profissionais queixam-se do impasse das negociações com o Ministério da Saúde.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica avisam que só suspendem a greve, agora decretada, se todo o processo negocial com o Governo ficar concluído.

O sindicato, que representa 22 profissões, diz que são "os únicos profissionais de saúde licenciados, cuja carreira está desactualizada há 16 anos, provocando perdas salariais insustentáveis".

A desactualização da carreira, a falta de políticas de empregabilidade e as 40 horas de trabalho sem diferenciação salarial têm sido os principais motivos de contestação destes sindicalistas.

Há um mês, o sindicato chegou a ter convocada uma greve nacional de cinco dias, que depois acabou por desmarcar na sequência de um compromisso assumido pelo Governo.

Então, os representantes sindicais reuniram com o Governo no dia 12 de Outubro e estabelecerem um prazo de dez dias para a conclusão do processo negocial, o que não ocorreu. "Mesmo que o Governo queira negociar nos próximos dias, não será suspensa a greve agora decretada sem que todo o processo negocial fique concluído", refere o sindicato na nota enviada à comunicação social.

A greve por tempo indeterminado que se inicia a 16 de Novembro poderá afectar áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia ou a cardiopneumologia. Existem cerca de dez mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.

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