O Banco Santander Totta obteve um resultado líquido de 293,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 66,2%, revelou esta quarta-feira a instituição. A margem financeira ascendeu a 548,5 milhões de euros, mais 31,4% do que no período homólogo, "continuando a beneficiar da diminuição do custo de depósitos", realçou o banco liderado por António Vieira Monteiro. Já o produto bancário cresceu 21,2% para 899,1 milhões de euros. "Estes bons resultados decorrem do crescimento orgânico da nossa actividade, e do controlo de custos e do risco de crédito", salientou Vieira Monteiro.

Os custos operacionais aproximaram-se dos 395 milhões de euros até Setembro, um aumento homólogo de 11,1%. Por seu turno, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias situou-se em 3,63%, uma descida de 0,86 pontos percentuais (p.p.) face aos primeiros nove meses do ano passado. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) atingiu os 10,9%. Já o rácio common equity tier 1 (CET1) foi de 15,8% (transição para as novas regras) e de 15% (com as novas regras totalmente implementadas) e o rácio tier 1 de 18,9%. Os rácios de capital continuam "claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE)", assinalou o líder do Santander Totta.

O rácio de crédito sobre depósitos continuou a baixar, situando-se no final de Setembro nos 109% contra os 115% do mesmo mês do ano passado.
Os depósitos aumentaram 7,3% em termos homólogos para 27,9 mil milhões de euros, enquanto o crédito recuou ligeiros 1,1% para 33,8 mil milhões de euros. Finalmente, o Santander Totta reduziu em mais de 50% a exposição ao financiamento obtido junto do Banco Central Europeu (BCE), fechando os primeiros nove meses do ano nos 1,7 mil milhões de euros. Em jeito de conclusão, o líder do banco destacou precisamente a "posição confortável de liquidez" da instituição, baseada no "aumento dos depósitos e na redução da posição junto do Eurosistema".