Lanidor: Crise travou projecto de aumentar portefólio de marcas

Grupo Lanidor ficou com 31% da Quebramar e esteve prestes a comprar a Throttleman

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Agora o objectivo da empresa é consolidar e não fazer aquisições DR

A crise apanhou a Lanidor numa altura de alargamento do seu portefólio de marcas. Em 2011, a empresa portuguesa, com sede em Valongo do Vouga, passou a deter 31% da Quebramar cujo capital estava dividido entre Gonçalo Esteves e o grupo Regojo, que explorava a Massimo Dutti (marca da Inditex). A participação mantém-se e Filipe Amaro, administrador do grupo Lanidor, diz que a marca tem potencial “de venda em Portugal e lá fora, incluindo no mercado russo”. Ainda assim, diz que há muito para fazer na dinamização da Quebramar. “Entrámos na óptica da gestão operacional. Acredito muito na marca mas ainda há muito a fazer”, conta.

Os ganhos operacionais que a empresa conseguiu com a concentração de todos os serviços de suporte ao negócio numa só plataforma teriam sido replicados com outras marcas conhecidas dos portugueses, não fosse a recessão financeira. A Lanidor esteve prestes a comprar outra marca nacional, a Throttleman, operação que acabou por não ver a luz do dia.

“Chegámos a ter negociações com outras marcas que, infelizmente, desapareceram e que já não fomos a tempo. Com a Throttleman estivemos perto de fechar. Não íamos por dinheiro, mas para dar o nosso know how de gestão e de operação. Foi pena a crise ter vindo nessa altura”, conta Filipe Amaro.

Questionado pelo PÚBLICO sobre se a empresa ainda está à procura de novos negócios, o administrador sublinhou que a intenção, agora é “consolidar. “O nosso projecto inicial era esse”, diz.

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