Presidente da Colômbia admite novo acordo sem referendo

Juan Manuel Santos admitiu que chorou na noite do referendo, mas acredita que há uma oportunidade para melhorar o processo de paz

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AFP/GUILLERMO LEGARIA

O Presidente da Colômbia e Prémio Nobel da Paz deste ano acredita que vai chegar a um novo acordo de paz para o seu país, mas admite não o levar a referendo.

"O que quero é a união do país. Depois de conseguido o acordo, vamos ver o caminho que menos polarize", afirmou Juan Manuel Santos, no encerramento do encontro empresarial, em que também participaram os Presidentes de Portugal, Peru, México e Chile.

Santos reconheceu que chorou na noite do referendo que chumbou o seu acordo com as FARC, mas logo se tornou optimista e viu uma oportunidade de aproveitar o processo para melhorar.

"Não há mal que não venha por bem", afirmou o Presidente colombiano, que partiu então para "um grande diálogo nacional", sobretudo com os promotores do "não" ao acordo e, pela primeira vez em mais de cinco anos, reuniu-se com o seu antecessor, Álvaro Uribe.

Agora, continuou, é preciso "procurar o maior consenso possível, porque o tempo conspira contra o processo" e o cessar-fogo "é muito frágil". Santos explicou como teve de clarificar alguns termos do acordo que levaram a percepções erradas e levaram a que mesmo as igrejas evangélicas e alguns sectores da Igreja Católica se opusessem ao acordo.

"Acredito que vamos chegar a um novo acordo melhor e com mais legitimidade", afirmou o Presidente da Colômbia, lembrando que nem as FARC nem a oposição querem um novo referendo. 

Parceria PÚBLICO/Rádio Renascença

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