O quinto mandato de Vieira começou com uma vitória

Campeão nacional derrotou o Paços de Ferreira por 3-0 na abertura da 9.ª jornada da Liga.

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José Manuel Ribeiro/AFP

Luís Filipe Vieira não podia ter desejado melhor início para este seu quinto mandato como presidente do Benfica. A equipa de Rui Vitória deu as boas-vindas a mais quatro anos de Vieira (reeleito na quinta-feira) com um triunfo no Estádio da Luz por 3-0 sobre o Paços de Ferreira, no jogo que abriu a 9.ª jornada da I Liga. Guedes, Salvio e Pizzi marcaram os golos que deram o oitavo triunfo em nove jornadas para o Benfica, que vai manter a liderança isolada nesta ronda, aconteça o que acontecer na visita do FC Porto a Setúbal.

Com tantas contrariedades nos últimos tempos, Rui Vitória teve mais uma para este jogo, a indisponibilidade de Grimaldo, o jovem lateral-esquerdo que tem sido um dos destaques da equipa, e foi obrigado a recorrer ao experiente Eliseu — a falta de rotação do campeão europeu foi evidente durante o jogo. Já teve, no entanto, André Horta, mas o ex-Vitória ficou no banco, mantendo-se a dupla Fejsa
Pizzi no meio-campo.

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O Paços de Ferreira apresentava-se na Luz com um meio-campo reforçado e um único homem na frente (Welthon), mas a sua disposição era de expectativa, jogar com os eventuais erros dos “encarnados”, fosse em passes falhados ou espaço concedido. E os visitantes beneficiaram de alguns, pertencendo-lhes, até, os primeiros ensaios de ataque. Ederson foi mesmo o primeiro guarda-redes a tocar na bola, mas sem problemas.

Até foi ao Benfica que pertenceu a primeira grande oportunidade de golo, mas de uma forma bastante atabalhoada. Mitroglou recebe a bola na grande área do Paços, ensaia um remate que bate em dois defesas adversários e por pouco não entra — o “pouco” foi uma grande defesa de um guarda-redes que fez justiça ao seu nome, Defendi. O Paços foi razoavelmente atrevido nos primeiros minutos, isto enquanto o Benfica estava semi-adormecido. Depois, esses espaços concedidos e esses passes errados quase que desapareceram e os “encarnados” assumiram o jogo.

O golo foi uma questão de tempo. Aos 26’, numa jogada rápida, Cervi mete a bola em Gonçalo Guedes, que entra na área e dispara para a baliza, sem qualquer hipótese para Defendi, naquele que foi o primeiro golo do jovem avançado nesta época para o campeonato. Dez minutos depois, Guedes voltou a tentar, mas o pé de Defendi desviou para canto.

O “atrevimento” do Paços só voltou a manifestar-se no último minuto da primeira parte. Ederson desfaz mal um cruzamento e, com a baliza à mercê, Ivo atira por cima. A entrada para a segunda parte também teve alguns bons momentos dos “amarelos”, em especial aos 50’, com um belo remate de Pedrinho que passou muito perto da baliza benfiquista, mas o domínio dos “encarnados” voltou a instalar-se e a dar frutos pouco depois.

Minuto 63’, Eliseu dispara no flanco esquerdo, faz um cruzamento rasteiro que Mitroglou deixa passar para Salvio fazer o 2-0. A pouca capacidade de resposta do Paços passou a nula depois do golo do argentino e o Benfica ainda fez o terceiro, com uma boa jogada individual de Pizzi que acabou em golo, aos 87’, a dar um pouco mais de cor a um triunfo sem grande história.

As vitórias continuam a ser uma coisa natural para este Benfica — 27, um empate e uma derrota no campeonato em 2016 —, tornando difícil a missão para quem vem atrás.

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