CDS preocupado com orçamento “de austeridade” sem incentivos ao investimento

Assunção Cristas diz que a proposta do Governo revela “um falhanço” em matéria de crescimento e até “alguma insensibilidade social”.

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Assunção Cristas diz que OE revela "falhanço" do Governo guilherme marques

O CDS foi a Belém reafirmar ao Presidente da República que considera que a proposta do Governo para as contas de 2017 é “um orçamento de austeridade”, que “dá com uma mão o que retira com as duas” e representa um “falhanço” em matéria de crescimento económico.

Para a líder do CDS, este é um “orçamento de austeridade”, uma vez que “a todos os impostos existentes soma quatro novos e outros nove conhecem uma subida”. Por outro lado, acrescentou, “não vemos mexidas nos escalões do IRS e a sobretaxa mantém-se, ou seja, temos um quadro fiscal agravado”.

“Há mesmo alguma insensibilidade social”, disse Assunção Cristas em relação ao não aumento das pensões mínimas, sociais e rurais, sublinhando que o CDS já apresentou uma proposta de aumento de 10 euros para estas prestações.

Por outro lado, considera que o documento do Governo não apresenta medidas para promover o crescimento económico e lembrou que o CDS já nunciou um projecto de lei para dar às empresas um crédito fiscal ao investimento.

Apesar de tudo, Cristas considera que “a proposta do Orçamento do Estado vai ser aprovada, apesar de algum ruído” por parte dos partidos que apoiam o Governo, que considera estarem “confortáveis”, ainda que com “dúvidas de pormenor”.

Sem querer dizer se Marcelo Rebelo de Sousa pediu algum consenso sobre o OE, Assunção Cristas preferiu assinalar a clareza na posição que o seu partido quer manter: “O CDS está firme e presente no papel de oposição, mas também positivo na apresentação de propostas”. Uma maneira subtil de responder ao repto que o Presidente lançou na semana passada, no Fórum da Competitividade, onde pediu à oposição “clareza na demarcação de alternativa de governo”. 

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