Grupo de 70 prémios Nobel quer Clinton na Presidência

Numa carta aos americanos, os laureados destacam as polícias de imigração e educação sensatas, essenciais para a liderança dos EUA nas ciências, da candidata democrata.

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A carta dos prémios Nobel apenas se refere aos pontos fortes da candidata democrata, Hillary Clinton LUCY NICHOLSON/Reuters

Um grupo de 70 premiados com o Nobel de várias áreas científicas divulgaram na terça-feira uma carta aberta apoiando a candidata democrata às presidenciais americanas, Hillary Clinton.

“Para preservar as nossas liberdades, proteger o governo constitucional, salvaguardar a nossa segurança nacional e assegurar que todos os membros da nossa nação conseguirão trabalhar juntos para um futuro melhor, é imperativo que Hillary Clinton seja eleita a próxima Presidente dos Estados Unidos”, diz a carta, assinada, entre outros, pelo químicp Peter Agre e o economista Robert J. Shiller.

Os Nobel dizem ainda que Clinton é uma candidata que sempre defendeu as instituições de ciência e “políticas de imigração e educação sensatas, que são cruciais para a continuada superioridade da força de trabalho científica dos Estados Unidos”.

O diário norte-americano The New York Times nota que académicos apoiam muitas vezes candidatos democratas e que grupos de laureados com o Nobel apoiaram Barak Obama nas últimas duas eleições.

A carta continua enumerando alguns desafios concretos para quem vencer as eleições: “os efeitos devastadores da doença de Alzheimer e do cancro, a necessidade de fontes alternativas de energia, as alterações climáticas e as suas consequências, requerem um apoio vigoroso da ciência e tecnologia e a certeza de que o conhecimento científico será importante para as políticas públicas”.

O New York Times lembra ainda a posição diferente dos dois candidatos em relação às alterações climáticas: enquanto Clinton as define como uma ameaça e um desafio urgente, Trump disse um dia que era um boato lançado pelos chineses para tornar menos competitiva a indústria americana (embora num debate o republicano tenha desmentido o que escreveu no Twitter sobre o assunto).  

A carta dos Nobel de apoio a Clinton não refere o seu adversário republicano, Donald Trump.

Clinton tem juntado uma série de apoios inesperados, desde o da revista Vogue que nunca na sua história tinha apoiado uma candidatura presidencial, ao do jornal Arizona Republic, o mais importante do estado, que pela primeira vez em 126 anos deu apoio a um democrata, ou ainda da revista Atlantic que apenas pela terceira vez em 160 anos e pela primeira nos últimos 50 anos deu a sua opinião sobre as candidaturas, e desta vez fê-lo “contra Trump”.

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