Passos perde número dois. Moreira da Silva nomeado para cargo da OCDE

Ex-ministro do Ambiente foi nomeado director-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

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Jorge Moreira da Silva Miguel Manso

O ex-ministro do Ambiente de Portugal, Jorge Moreira da Silva, foi nomeado director-geral de Desenvolvimento e Cooperação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e assim deixará os cargos políticos que ocupa em Portugal, noticia este sábado o semanário Expresso.

O Expresso refere ainda que Moreira da Silva - até agora primeiro vice-presidente de Passos Coelho e deputado social-democrata na Assembleia da República - vai fixar residência em Paris e que a nomeação para director-geral da OCDE foi decidida há duas semanas, depois de um processo de selecção que se arrastou durante 10 meses e envolveu cerca de duas centenas de candidatos. 

Apesar de a candidatura do social-democrata ao cargo da OCDE ter sido individual, a mesma contou com o apoio do ministro dos Negócios Estrangeiros e com as diligências do embaixador Paulo Vizeu Pinheiro, representante de Portugal na organização, indica o semanário.

Em declarações ao Expresso, Moreira da Silva referiu que o processo de selecção foi "longo, exigente e muito competitivo" e que está muito "satisfeito com o resultado e com a possibilidade de voltar a participar activamente, a nível internacional, nas políticas de desenvolvimento e cooperação, protecção ambiental e combate à pobreza". O até agora "número dois" de Pedro Passos Coelho diz-se ainda "muito motivado para estas funções executivas" e nega que esta mudança traduza qualquer afastamente relativamente a Passos Coelho em quem diz continuar a depositar as suas "maiores esperanças". 

O cargo de director-geral de Desenvolvimento e Cooperação é o nível de direcção mais elevado da OCDE e reporta directamente ao secretário-geral daquela organização internacional que agrega 34 países e que é actualmente liderada por José Ángel Gurría.

Moreira da Silva vai, já a partir de Novembro, chefiar um departamento composto por cerca de 150 quadros, num mandato de três anos, renovável. 

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