Governo quer fazer chegar o serviço de leitura pública a mais concelhos

A intenção surge num quadro mais alargado de "relançamento de uma política pública na área do Livro e da Leitura".

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As autarquias investiram, nos últimos 30 anos, cerca de 250 milhões de euros na criação de bibliotecas da rede de leitura pública. José Sarmento Matos

O Governo quer desenvolver com as autarquias um programa de apoio às bibliotecas públicas mais carenciadas e estender o serviço de leitura pública a mais concelhos, segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE) entregue esta sexta-feira no parlamento.

No ano em que a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP) cumpre três décadas de existência, o Governo anuncia que quer envolver mais os municípios e as "comunidades intermunicipais", num programa "de apoio às bibliotecas públicas municipais com mais carências".

Paralelamente, há a intenção de se constituirem em 2017 "redes intermunicipais de bibliotecas públicas, principalmente em regiões onde existam concelhos cuja população ainda não é abrangida pelo serviço de leitura pública".

A intenção surge num quadro mais alargado de "relançamento de uma política pública na área do Livro e da Leitura", em que o Estado apoie "segmentos da rede do Livro e da Leitura que, por razões conjunturais ou estruturais, se revelem mais fragilizados".

No início de Outubro, o director-geral da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), Silvestre Lacerda, revelou, no âmbito do festival Folio, em Óbidos, que o Estado e as autarquias investiram, nos últimos 30 anos, cerca de 250 milhões de euros na criação de bibliotecas da rede de leitura pública.

O valor do investimento foi suportado em 50 por cento pelo Estado e 50 por cento pelas autarquias locais.

De acordo com Silvestre Lacerda, a verba permitiu criar "216 bibliotecas centrais, 159 polos, 50 bibliotecas itinerantes e 155 pontos de serviço externo".

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