Só nesta quinta-feira se saberá se os taxistas sempre irão manifestar-se na próxima segunda-feira, em Belém, adiantou ao PÚBLICO o presidente da Antral, Florêncio de Almeida. As duas associações representativas do sector, Antral e Federação Portuguesa de Táxis, vão reunir-se de manhã para decidir o que fazer, acrescentou.

O Observador, citando uma fonte do sector, adiantou nesta quarta-feira que a manifestação fora desconvocada. A mesma fonte justificou a decisão com o receio de que possa haver novos confrontos entre motoristas e polícias. 

Em declarações ao PÚBLICO, um taxista que fez parte da organização do protesto da passada segunda-feira apontou no mesmo sentido:“Não fazia muito sentido fazer essa manifestação depois do que se passou no dia 10. Não está nada marcado".

A fonte do Observador refere também que os dois presidentes destas organizações preferem que o Presidente da República os receba pessoalmente, o que não aconteceria na segunda-feira porque Marcelo Rebelo de Sousa estará fora do país.

O taxista ouvido pelo PÚBLICO frisa que a não realização da manifestação da próxima segunda-feira é também uma forma de “não condicionar” a decisão de Marcelo, deixando assim que possa decidir “em consciência”. “Ficámos a perder com a imagem que ficou do protesto de segunda-feira. Não faria sentido estar a repetir, mas não vamos desistir”, disse.   

Os taxistas contestam o objectivo do Governo de aprovar legislação com vista à regulamentação das plataformas tecnológicas de transporte de passageiros,  como a Uber ou Cabify.