COP anuncia atribuição de bolsas mais rigorosa para Tóquio 2020

Participação nos Jogos Rio 2016 avaliada em "cimeira" com responsáveis olímpicos, Governo e federações.

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Rui Gaudêncio

O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) assumiu esta terça-feira que a grelha de atribuição de bolsas de preparação olímpica poderá vir a ser mais rigorosa para Tóquio 2020, de modo a corrigir falhas detectadas no ciclo do Rio 2016.

"Há uma percentagem ainda muito significativa de atletas que entra no sistema, mas depois não se apura para os Jogos. Se as grelhas vão no sentido de abertura, maior será o número que entra e depois não participa. Porventura, terá de haver aqui um maior rigor na definição dessas grelhas, que terá de ser aferido modalidade a modalidade. Temos de verificar onde há falhas, corrigi-las, o que obriga a um diálogo entre COP e federações de modo a afinar esse processo", indicou José Manuel Constantino.

Esta foi uma das conclusões resultantes da reunião que juntou, em Lisboa, representantes do Comité Olímpico de Portugal, do Instituto Português do Desporto e Juventude e de 20 federações desportivas, com a participação do secretário de Estado do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, para avaliação dos resultados do Rio 2016 e preparação do Projecto Olímpico Tóquio 2020.

"Cada federação fez uma avaliação em relação àquilo que foi a nossa presença nos Jogos do Rio 2016 e identificou alguns factores correctivos tendo em vista o ciclo olímpico seguinte e a preparação para os Jogos de Tóquio 2020", começou por explicar o presidente do COP. José Manuel Constantino revelou que, em termos gerais, a avaliação das entidades presentes não se afasta muito daquilo que tem sido transmitido pelo COP.

Do debate de ideias, resultou a convicção de que é preciso "reforçar a qualificação dos recursos humanos que trabalham no domínio do alto rendimento", especializando-os nesta área concreta e não apenas em desporto. Constantino acrescentou que foi sugerido que a entidade que dirige pudesse ter "um papel liderante, prestando esse serviço às federações mais pequenas".

O presidente do COP indicou que o secretário de Estado do Desporto fez uma avaliação positiva da prestação no Rio2016 e que deu conta de "um conjunto de medidas que o Governo está a tomar, quer na área do apoio aos treinadores, quer na área do apoio à conciliação entre os estudos e a preparação desportiva e outras medidas na área da detecção de talentos".

O presidente do COP revelou, entretanto, ter pedido um parecer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) sobre a presidência de Federação Portuguesa de Taekwondo. "Há duas pessoas que invocam a qualidade de presidente. O Comité Olímpico solicitou um parecer ao Tribunal Arbitral do Desporto relativamente à situação da legalidade existente e quem efectivamente se entende que, do ponto de vista jurídico, é o representante da federação. Estamos a aguardar", esclareceu.

A presidência da Federação Portuguesa de Taekwondo é reclamada por José Luís Sousa, o anterior presidente, que apresentou um pedido de demissão em Maio, retirando-o posteriormente, e por Mário Fernandes, o presidente posteriormente eleito.
 

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