Aumento de impostos? Circulam “ideias muito especulativas” sobre o OE, diz Costa

António Costa recusa levantar o véu sobre os impostos novos ou aumentados que serão incluídos na proposta do Orçamento do Estado para 2017.

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DRO DANIEL ROCHA

O primeiro-ministro classificou este sábado como "ideias muito especulativas" as notícias sobre prováveis aumentos da carga fiscal em 2017 e remeteu para o final da próxima semana a discussão sobre a proposta do Governo de Orçamento para 2017.

António Costa falava aos jornalistas em Pequim após ter estado reunido com o Presidente da República da China, Xi Jinping, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhang Dejiang, depois de questionado sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017, designadamente sobre a possibilidade de estar previsto um conjunto de aumentos de impostos indirectos.

"Acho que são ideias muito especulativas. Vamos aguardar para que o projecto de orçamento seja aprovado [pelo Governo], debatido e, depois, teremos uma versão final. Mas, manifestamente, não é em Pequim que vamos tratar do orçamento", respondeu o primeiro-ministro.

Ainda sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017, António Costa limitou-se a referir que chegará a Lisboa na quinta-feira - dia em que haverá reunião do Conselho de Ministros para aprovar a proposta de orçamento. "Nessa altura saberemos tudo o que o orçamento proporá. Sobre o orçamento falaremos em Lisboa a partir do próximo dia 13 e, até lá, estaremos concentrados no estreitamento das relações económicas, políticas e culturais com a China", repetiu.

Também sobre o futuro do Novo Banco, nomeadamente sobre a possibilidade de capital chinês adquirir esta instituição financeira, António Costa deu uma resposta fechada. "Não tenho mandato para discutir vendas ou compras de bancos. Mas é importante que a China conheça novas oportunidades que existem [em Portugal], no Novo Banco, como em outros bancos em que há empresas interessadas em investir", disse.

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