Está a chegar uma nova aplicação para competir com a Uber e irritar ainda mais os taxistas. O Google está a testar nos EUA um projecto-piloto com o qual pretende fomentar a partilha de carros entre condutores e passageiros que têm o mesmo destino ou seguem na mesma direcção – o Waze Rider.

A aplicação – que está a ser usada por funcionários da empresa desde Maio – passou a estar disponível para utilizadores da região de São Francisco. A notícia é dada pelo Wall Street Journal, que diz que o acesso ao serviço está a ser alargado ao longo das últimas semanas.

O jornalista do diário norte-americano recorreu ao Waze Rider para uma viagem entre o bairro financeiro de São Francisco e Oakland, num percurso de cerca de 20 minutos que lhe custou três dólares (2,67 euros). Se tivesse optado pela Uber, o preço poderia ser dez vezes superior.

A tarifa só foi tão baixa porque o lançamento está a ser promovido com descontos para os utilizadores. Mas os valores não chegarão aos praticados pela concorrência. Por outro lado, os condutores também recebem menos por cada viagem. Na que foi feita pelo WSJ, seguia ao volante a gerente de um bar local, a quem o Google pagou 6,30 dólares (5,61 euros).

Acresce que a aplicação apenas permite duas utilizações por dia, tanto para condutores como para passageiros – a ideia por detrás desta restrição é que as viagens sirvam para ir e regressar do trabalho. Na prática, impede a profissionalização dos condutores.

É uma diferença fundamental para a Uber. E é essa diferença, nota o WSJ, que possibilita apresentar a app como uma plataforma de carpooling e não um serviço de táxi. Os condutores não são, por isso, sujeitos a qualquer verificação nem é pedida prova do seguro do carro e, segundo disse ao jornal uma porta-voz, a multinacional não tenciona vir a exigir esses dados.

O Waze Rider funciona com base no Waze, uma popular aplicação do Google que agrega a informação de trânsito fornecida pelos utilizadores e funciona como serviço de mapa e navegador GPS.