PSD: “Vivemos um novo PREC, período de radicalização em curso”

Líder da bancada social-democrata não deixa cair polémica em torno do novo imposto sobre património imobiliário anunciado pelo PS e BE

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Líder da bancada do PSD é crítico para novo imposto sobre o património Martin Henrik

O líder da bancada parlamentar do PSD usou a sigla do PREC – Período Revolucionário Em Curso – para dizer que se vive hoje “um novo PREC, um novo período de radicalização em curso”, a propósito da intenção do Governo, anunciada pelo BE e pelo PS, de criar um imposto sobre o património imobiliário de luxo.

Em declarações aos jornalistas, no parlamento, Luís Montenegro não quer deixar arrefecer a polémica em torno do imposto e da bloquista Mariana Mortágua, apontando o dedo aos socialistas. “O PS decidiu voluntariamente e conscientemente aderir às teses da organização da sociedade e da economia que são tradicionalmente apresentadas pelo BE e PCP. O novo PREC passa por uma visão na sociedade que em vez de se direccionar para criação da riqueza se direcciona para destruir a riqueza”, afirmou. O líder da bancada social-democrata acusou os partidos da esquerda de agora de “pretenderem retirar as conquistas e as poupanças” de quem amealhou.

Reafirmando que o PSD continua a defender que “quem tem mais deve pagar mais”, Montenegro salientou que “isso não se pode confundir com a radicalização e com o ataque aos que são empreendedores na sociedade”. Apesar de assinalar a “descoordenação” entre os partidos à esquerda do PS e o Governo, o social-democrata considera que isso não é o mais importante, mas sim a imposição de uma “visão dirigista da economia alimentada pela esquerda marxista”.

Depois do anúncio de um novo imposto, para tributar património imobiliário pelo menos acima de 500 mil euros (ainda não está definido o valor), a deputada bloquista Mariana Mortágua, perante uma plateia maioritária de socialistas, desafiou, no passado sábado, o PS a “não ter vergonha de ir buscar dinheiro a quem o acumulou”, gerando controvérsia nos partidos à direita mas também dentro do próprio PS. 

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