Ciência "precisa de mais recursos", avisa a UNESCO

Especialistas do Conselho Consultivo Científico lamentam que as decisões sejam "muitas vezes tomadas com base em interesses económicos e políticos de curto prazo".

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O relatório defende que a ciência, a tecnologia e a educação têm a capacidade de resolver quase todos os desafios globais Miguel Manso

A ciência "precisa de mais recursos" e "é um bem comum que merece ser valorizado e mais aproveitado pelos decisores políticos", conclui um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, sigla em inglês) enviado este domingo para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. 

"Para ser capaz de mudar a situação perante os desafios globais que enfrentamos, a ciência precisa de mais recursos", lê-se na declaração que refere ainda que a "ciência, a tecnologia e a inovação têm a capacidade de responder a quase todos os desafios globais mais urgentes". Os especialistas do Conselho Consultivo Científico lamentam ainda que as decisões sejam "muitas vezes tomadas com base em interesses económicos e políticos de curto prazo".

O relatório lembra que decorreram quase 25 anos entre os primeiros alertas enviados pela comunidade científica sobre as alterações climáticas e a adopção do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, em Dezembro de 2015. E nota também que apenas uma dúzia de países - incluindo a Alemanha, os Estados Unidos, a Finlândia, Israel e o Japão -  dedicam actualmente mais de 2,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em investigação e desenvolvimento. "Um financiamento que está longe de ser suficiente", concluem os peritos.

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