Margarida Salvador venceu primeira edição do Prémio Paula Rego

Obra da estudante foi comprada para a Casa das Histórias, em Cascais.

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Um contrato assinado em Fevereiro entre a aculdade de Belas Artes de Lisboa e a Casa das Histórias permite a organização do prémio durante três anos Daniel Rocha

A estudante universitária Margarida Salvador venceu neste domingo a primeira edição do Prémio Paula Rego e, por isso, a obra com que concorreu foi comprada por mil euros e passará a integrar a coleção privada da artista.

O nome da vencedora foi anunciado neste domingo, na Casa das Histórias, em Cascais, onde estiveram em exposição as obras dos 61 estudantes da Faculdade de Belas Artes de Lisboa selecionados nesta primeira edição.

O objectivo do galardão é mostrar os seleccionados e premiar o seu talento para contar uma história através do desenho. Margarida Salvador, com o seu quadro, contou "uma história que se passou num Natal quando tinha à volta de oito anos".

"Lembro-me que os meus familiares todos se reuniram e me deram um presente. Quando abri tinha um soutien. Não tinha peitinhos e senti-me de uma forma muito estranha", disse a vencedora, em declarações à RTP.

Inaugurada a 28 de Julho, a mostra com as obras encerrou neste domingo, dia em que se assinala igualmente o 7.º aniversário do museu dedicado à artista portuguesa radicada em Londres, no Reino Unido.

O prémio é organizado pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (FBAUL) em conjunto com a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I.

As 61 obras foram seleccionadas entre 118 admitidas a concurso, e foram escolhidas por António Matos, Pedro Saraiva e Sandra Tapadas, professores da FBAUL, Caroline Willing, filha de Paula Rego, Catarina Alfaro, curadora do museu, e Victor dos Reis, presidente da FBAUL.

Um contrato assinado em Fevereiro entre a faculdade e a Casa das Histórias permite a organização do prémio durante três anos, e há a possibilidade de ser estendido a outras instituições de ensino da área das artes.

A FBAUL foi escolhida por Paula Rego porque a mãe da pintora estudou ali e também porque um prémio que a artista conquistou na Slade School of Fine Arts, em Londres, em 1954, constituiu um grande incentivo para a carreira internacional

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