Ano lectivo começa com "professores colocados a tempo"

Garantia é do ministro da Educação. Directores dizem que maioria das escolas só abre na quinta-feira.

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O ministro da Educação fala em "serenidade e tranquilidade" no regresso às aulas Enric Vives-Rubio (arquivo)

O ministro da Educação disse nesta segunda-feira em Ponte da Barca que o ano lectivo começou com "serenidade e tranquilidade", sublinhando que os professores estão "todos colocados a tempo" e que a tutela renovou contratos com 2900 auxiliares.

"É importante dizer que este ano conseguimos ter todos os professores a tempo. No primeiro dia de Setembro podemos ter todos os horários que as escolas nos solicitaram preenchidos", afirmou Tiago Brandão Rodrigues aos jornalistas no final de uma visita ao centro escolar de Crasto, em Ponte da Barca.

"Foram preenchidos mais de 7000 lugares de professores contratados, mais 500 que no ano anterior. O que acontece é que, num universo de 7500 professores, pontualmente um ou outro professor não preencheu esse lugar", disse, adiantando que já na semana passada a tutela recorreu à "reserva de recrutamento" para "ir preenchendo todas as necessidades".

"Semanalmente corremos a lista única da reserva de recrutamento para se, eventualmente, um professor estiver doente, ou não puder trabalhar por alguma questão, poder preencher esse lugar", afirmou.

Para Tiago Brandão Rodrigues, no início do ano escolar "estão preenchidas todas as condições para que o ano escolar possa começar sem nenhum problema, ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores".

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), diz que "de há muitos anos a esta parte há muitos professores que chegam tardiamente às escolas e, como os directores não querem arriscar, adiam o arranque lectivo. Este ano, pela primeira vez desde que sou director escolar, os professores estavam todos colocados a 1 de Setembro, o que nos surpreendeu pela positiva”.

O ministro da Educação destacou ainda que neste ano lectivo "há mais assistentes operacionais do que tradicionalmente", sendo que a tutela renovou contrato, a 1 de Setembro, com "2900 assistentes operacionais".

"Neste momento, estamos a monitorizar com os directores de escolas e com os delegados regionais as possíveis faltas de assistentes operacionais para depois, também, podermos preencher esses lugares para que o ano lectivo possa continuar com esta tranquilidade, tão saudada e tão importante para nós", sustentou.

O ministro referiu que a "serenidade e tranquilidade" que marcou o arranque do novo ano escolar resultou, "acima de tudo, do trabalho feito no Ministério da Educação, também com os nossos parceiros, para identificar os problemas e poder resolvê-los".

"É bom poder trazer à escola a serenidade e tranquilidade que a escola merece. Poder trazer a todos os agentes educativos, poder trazer às famílias com quem hoje tive a oportunidade de falar essa tranquilidade e serenidade para esse início de ano lectivo", defendeu.

Também o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (Cnipe), Rui Martins, considera que "este ano as coisas estão a correr melhor", acrescentando que "nenhum aluno vai ficar sem aulas. Esta situação dá uma maior estabilidade às escolas". O presidente considera que agora é preciso diminuir o número de alunos por turma e aumentar o número de funcionários e defende que deveria haver um ajustamento da dimensão dos períodos de forma a ficarem mais homogéneos.

Filinto Lima, presidente da ANDAEP pretende debater a possibilidade de substituir os três períodos actuais por apenas dois semestres: "Este ano, os alunos vão ter um primeiro período muito grande, com 67 dias de aulas. Depois têm um segundo período de 63 dias e finalmente o último período terá apenas 33 dias, no caso dos alunos do 9.º ano. Isto acontece porque estamos sempre dependentes do feriado móvel da Páscoa".

A maioria das escolas começa as aulas na quinta-feira, último dia da abertura oficial do ano lectivo, segundo a Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, que lamenta a falta de operacionais técnicos.

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