Arte contemporânea na Vidigueira

O Centro de Arte Contemporânea do Quetzal foi inaugurado oficialmente esta quarta-feira na aldeia de Vale de Frades.

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Esta exposição vai estar no Quetzal até Fevereiro Enric Vives-Rubio

"Esperamos poder ajudar a dinamizar o circuito da arte no Alentejo", disse ao PÚBLICO Aveline de Bruin, curadora do Centro de Arte Contemporânea do Quetzal que esta quarta-feira abriu oficialmente na Quinta do Quetzal na aldeia de Vila de Frades, na Vidigueira. Era também essa a expectiva de muitos dos 250 convidados  artistas, galeristas, curadores e coleccionadores de arte  que estiveram na localidade alentejana.  

São 450 metros quadrados de espaço expositivo pertencente ao casal holandês Cees e Inge de Bruin-Heijn, mecenas e donos daquela que é considerada uma das maiores e mais importantes colecções privadas de arte contemporânea e que ambos gerem com grande discrição.

Não existe um catálogo nem se conhece o seu conteúdo, a não ser aquele que vai sendo mostrado em alguns dos mais conceituados museus do mundo, como o MoMA, em Nova Iorque, a Tate Modern, em Londres, ou o Centro Pompidou, em Paris. "Se as peças da colecção dos meus pais viajam por todo o mundo, achamos que podem também ser mostradas em Portugal, neste espaço, em exposições temáticas que tentamos que façam sentido neste contexto geográfico", continua Aveline de Bruin, que, além de curadora do espaço, é filha deste casal que descobriu Portugal numas férias e hoje é proprietário da Quinta do Quetzal, que produz os vinhos Quetzal e Guadalupe.  

A inauguração fez-se com obras de Robert Heinecken (1931-2006), fotógrafo e artista americano, Pat O’Neill (n. 1939), discípulo de Heinecken e um dos pioneiros do cinema avant-garde, e Trisha Baga (n. 1985), artista multimédia e de vídeos 3D. "A colecção dos meus pais tem cerca de 500 artistas e hesitei bastante em quais trazer para aqui. Decidi-me pela surpresa, quis que perguntassem porquê estes e não alguém mais conhecido", referiu Aveline de Bruin sobre a filosofia do novo espaço, e acrescentou: "Quis também que, se alguém que não pertencesse ao mundo da arte viesse aqui e sentisse que a obra lhe desse a mão, o guiasse."

Esta exposição vai estar no Quetzal até Fevereiro e, em Março, entrará outra. "Queremos que seja estimulante para o público de arte e que ajude, igualmente, a criar um público para a arte", disse ainda Aveline de Bruin.

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