Jerónimo Martins expande supermercados Ara para Bogotá

Dono do Pingo Doce entra na terceira região da Colômbia, país onde tem 171 lojas.

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Pedro Soares dos Santos quer ter mil supermercados Ara até 2020 Rui Gaudêncio

A Jerónimo Martins abre no próximo sábado as duas primeiras lojas na região de Bogotá, a terceira área de expansão geográfica na Colômbia depois do Eixo Cafeteiro e da Costa do Caribe. O grupo que detém o Pingo Doce em Portugal, e a Biedronka na Polónia, espera ter 40 supermercados Ara nesta zona até ao final do ano.

Actualmente, a rede de pequenas lojas de proximidade é composta por 171 unidades. A estratégia da Jerónimo Martins é acelerar a expansão e chegar aos mil supermercados Ara até 2020, num investimento total estimado de 500 a 600 milhões de euros. No início do ano, durante uma visita de analistas àquele país da América Latina, Pedro Soares dos Santos, presidente do conselho de administração, disse querer cobrir 77% da Colômbia com o investimento planeado, sublinhando que este era um passo “crucial”. Bogotá e os nove municípios de Cundinamarca onde a empresa está agora a apostar têm dez milhões de habitantes.

Em 2015, a Ara registou vendas de 122,5 milhões de euros (142 lojas até Dezembro), valor que tem pouca expressão nas contas globais do grupo (13.727 milhões de euros no ano passado).

O comércio tradicional lidera neste mercado com mais de 300 mil pontos de venda. Isto apesar da presença de cadeias de grande distribuição como o gigante francês Casino Guichard Perrachon, dono dos supermercados Geant Casino e Monoprix em França e com mais de 14 mil lojas em todo o mundo. No chamado retalho organizado, é esta a empresa que lidera o mercado na Colômbia com os Almacenes Éxito e outras declinações como o supermercado Éxito e o Éxito Express. Contudo, o concorrente mais directo da Ara é o D1, cadeia de hard disccount com 388 lojas de pequena dimensão.

Tendo em conta que é no comércio tradicional que se encontra a concorrência mais séria, a Jerónimo Martins admitiu que a expansão prevista para os próximos quatro anos poderia passar pela aquisição de pequenos estabelecimentos independentes. 

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