De Miró à inauguração do novo MAAT, a rentrée dos museus portugueses

Que exposições poderão ser visitadas a partir de Setembro? O Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia abre em breve

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O Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) inaugura um novo edifício a 5 de Outubro FOTO: Daniel Rocha

A chegada de Setembro implica deixar para trás os dias pachorrentos de sol e calor e regressar à repetição da rotina. Mas também significa que é altura de conhecer as novidades do panorama cultural português para os próximos meses.  

No Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, a temporada inaugura a 16 de Setembro com a exposição Conversas: Arte portuguesa recente na colecção de Serralves, que retoma a programação dedicada às obras da colecção de Serralves e apresenta, até 22 de Janeiro, trabalhos de pintura, desenho, escultura, fotografia, filme e vídeo. A exposição engloba obras realizadas a partir da década de 2000 que tenham sido adquiridas recentemente ou que estejam prestes a entrar na colecção. Com curadoria da directora Suzanne Cotter e do seu adjunto Ricardo Nicolau, as obras são de um conjunto de artistas contemporâneos que vai desde a geração de 1960 até à actualidade: Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis e Leonor Antunes, entre outros.

Ainda a 16 de Setembro, Serralves recebe a exposição Projectos Contemporâneos: Rachel Rose, onde a artista norte-americana que trabalha com vídeo apresentará dois trabalhos, Everything and More (2015) e A Minute Ago (2014). Os temas são o tempo, o espaço e a ecologia (até 13 de Novembro). A 1 de Outubro, Serralves mostra pela primeira vez os Mirós do Estado português através da exposição Joan Miró: Materialidade e Metamorfose, que abarca obras de entre 1924 e 1981. As 80 obras têm a curadoria do especialista de Miró, Robert Lubar Messeri, e o projecto expositivo é de Álvaro Siza Vieira (até 28 de Janeiro).á

A 5 de Outubro, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) abre ao público o seu novo edifício, desenhado pela arquitecta inglesa Amanda Levete. Paralelamente, decorrem espectáculos, performances, concertos e actividades educativas. Serão, ainda, inauguradas três exposições: Psynchon Park, obra pensada pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster precisamente para a sala principal do novo espaço; The World of Charles and Ray Eames, que percorre a vida e obra da influente dupla de arquitectos; e A Forma da Forma, uma das principais exposições da 4ªTrienal de Arquitectura de Lisboa, que tem início no mesmo dia.

A fotografia também tem lugar na programação de Outono, nomeadamente com a exposição A imagem paradoxal, uma retrospectiva do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado sobre a obra de Francisco Afonso Chaves. O naturalista açoriano aliava os seus interesses científicos à fotografia e a sua obra, realizada em estereoscopia (técnica que analisa duas imagens obtidas a partir de pontos diferentes para conseguir informações do espaço tridimensional), é um dos mais importantes registos da imagem portuguesa do século XIX.

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