Filhos de diplomata iraquiano dizem-se "vítimas das circunstâncias"

Os dois irmãos envolvidos no caso de Ponte de Sor falaram à SIC e garantiram que não vão sair do país.

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Avenida da Liberdade, em Ponte de Sor, onde ocorreram as agressões Pedro Elias

Os dois filhos do embaixador iraquiano garantiram nesta segunda-feira, numa entrevista dada à SIC, que ainda se encontram em Portugal e que não vão sair do país enquanto não ficar esclarecido o que sucedeu na madrugada de quarta-feira em Ponte de Sor, em que um rapaz de 15 anos foi gravemente espancado, encontrando-se em estado muito crítico nos cuidados intensivos do Hospital Santa Maria.

“Até esta situação se resolver não vamos a lado nenhum”, disse um dos gémeos de 17 anos, o único a falar. Continuamos aqui à espera que a situação se resolva, queremos que o Rúben melhore e rezamos por ele”, disse depois de observar que tanto eles como o jovem em risco de vida são “vítimas de circunstâncias que facilmente acontecem em Portugal”.

“Não digo que sou vítima do Rúben ou que ele foi vítima de nós. Mas que somos vítimas da situação. Coisas destas acontecem todos os dias em Portugal”, referiu um dos irmãos, que salientou ainda que jovens, álcool e saídas à noite são factores propícios a criarem desentendimentos.

Ainda nesta segunda-feira, e horas antes destas declarações, a embaixada do Iraque divulgou um comunicado em árabe, não traduzido, no qual diz que o seu embaixador, Saad Mohammed Ridha, apresentou uma queixa às autoridades portuguesas e expõe de forma totalmente diferente os acontecimentos de Ponte de Sor. Nesta declaração, a embaixada responsabiliza seis rapazes daquela cidade de agredirem e insultarem os dois filhos do embaixador, um dos quais frequentava o curso de piloto na GAir, uma empresa que dá formação nos aeródromos de Ponte de Sor e de Tires.

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