Esquecidos na Guantánamo da Europa

Na ilha grega de Samos, o campo de refugiados é hoje uma verdadeira prisão à beira da ruptura. Centenas de famílias esperam há meses por uma resposta que ninguém parece ter para lhes dar e trazem o desespero gravado nos olhos.

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Abdil não fala bem inglês mas quer conversar. É ele que nos chama do alto do morro enquanto agita os braços, mesmo sem saber quem somos. Convida-nos a sentar no cobertor azul estendido no chão, como se abrisse a porta da casa que já não tem. A vista é privilegiada: ao fundo da montanha, Samos, capital da ilha grega com o mesmo nome, forma um anfiteatro que desce até à baía banhada pelo Egeu. Assim ao longe, com as luzes da rua a anunciarem o fim do dia, a cidade parece um postal animado. Muitos pagariam para ver aquela paisagem da janela mas ele, se pudesse, pagaria para sair dali.

“Estamos aqui numa prisão”, vai repetindo, em tom zangado. Abdil al-Youssef vive no campo de refugiados de Samos desde o final de Março, quando chegou à ilha num barco insuflável. Pagou 700 euros a um traficante para atravessar os 1300 metros que separam a Turquia daquela ilha grega. O advogado, que fugiu da Síria porque sabia demais sobre “os crimes de Assad”, está agora “preso” no lugar que compara a Guantánamo Bay, nos EUA. “Isto é a Guantánamo da Europa. Não sei quando me vão deixar sair daqui.”

Encaixado na floresta e afastado da cidade, hotspot, como é conhecido na ilha, parece mesmo uma prisão – embora a polícia tenha recentemente aberto os portões, como se assim fosse mais fácil respirar. É uma faixa de terreno estreita (não tem mais de 50 metros de largura por 500 de comprimento) cercada a toda a volta por vedações altas e arame farpado, com roupa pendurada aqui e ali.

Os refugiados – sobretudo sírios mas também paquistaneses, iraquianos ou iranianos, entre outras nacionalidades – vivem em filas de contentores pré-fabricados brancos sujos, onde dormem famílias inteiras em colchões no chão ou em beliches. Outros ficam em pequenas tendas de campismo montadas nos corredores cimentados. Também há quem durma em colchões ao relento, no chão. Muitos improvisam telhados com cobertores para se protegerem do imenso calor que faz no Verão.

O espaço é demasiado pequeno para tanta gente. Organizações humanitárias e voluntários que visitam o campo diariamente dizem que os residentes serão cerca de mil, incluindo 350 crianças, e que a capacidade é de 660 lugares. A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) diz que estão lá 720 pessoas. Os dados do Governo grego indicam que a 4 de Agosto estavam na ilha 1327 refugiados e que a capacidade era de 850. Perante a incerteza dos números, há um dado que é óbvio: o campo está sobrelotado e todas as semanas chegam mais pessoas, mas são muito poucas as que saem.

Não foi sempre assim. No fim do Verão passado, por exemplo, quando a vaga de refugiados atingiu um pico nunca antes visto na ilha (chegou aos 4 mil por semana), as pessoas não se demoravam – assim que obtinham os papéis de registo, seguiam para Atenas. Mas com a entrada em vigor do pacto entre a Turquia e a União Europeia (UE) a 20 de Março, o campo transformou-se num centro de detenção.

Os migrantes passaram a ficar retidos à espera que todo o processo se desenrole: registo e pedido de asilo ou de reunificação com membros da família que já estão no continente. Quando os pedidos são rejeitados, obrigam-nos a voltar para a Turquia (até 16 de Junho, 468 migrantes fizeram essa viagem), que já recebeu mais de dois mil milhões de euros da UE para os receber. Além disso, a UE comprometeu-se a aceitar um refugiado sírio por cada refugiado ou migrante deportado.

O acordo fez baixar drasticamente o fluxo de refugiados para as ilhas do Egeu, como Samos, Lesbos ou Kos. Em média, em Janeiro e Fevereiro chegavam cerca de 2 mil pessoas por dia, tendo caído para cerca de 50 em Junho. Segundo a ACNUR, em Julho, chegaram a Samos perto de 60 pessoas. O problema é que quem chegou não saiu, continua à espera. De 20 de Março até meados de Junho, apenas 34 refugiados foram deportados de Samos para a Turquia e poucas dezenas deixaram a ilha em direcção à capital grega. Quem permanece em Samos tem a vida em stand by.

Planos falhados

No final da tarde quente e abafada, as crianças brincam do lado de fora dos portões. Saltam, riem, correm como fariam no recreio da escola que deixaram para trás e que talvez já nem exista. Dois adolescentes cantam sentados à sombra das árvores. Na estrada de acesso ao campo há um vaivém de pessoas, casais que saem para passear, mulheres que conversam aos pares. Abdil deve pensar que somos apenas mais dois voluntários que chegam para uma visita aos “prisioneiros”. Quando lhe explicamos que não, encolhe os ombros, diz que somos bem-vindos mesmo assim e continua a conversa.

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Cercados por vedações e arame farpado, famílias inteiras dormem há vários meses nos contentores apinhados

Ele tem 53 anos, olhos bonitos esverdeados e cabelo grisalho, a pele queimada pelo sol. Veste calças escuras de algodão e camisa clara de mangas arregaçadas, na mão traz um bloco de notas. Explica que fugiu de Alepo, a capital da Síria, onde viveu com a mulher e as seis filhas até uma bomba lhes destruir a casa e os sonhos. Diz que foram viver para uma tenda sob as árvores “sem dinheiro e sem comida”. Decidiu arriscar. O plano era chegar à Grécia e seguir para a Holanda, e a família juntar-se-ia mais tarde. Fez um pedido de asilo mas um mês depois foi recusado. E agora? Agora já não quer que elas venham, pois já nem ele sabe para onde vai. Está desesperado, tenta encontrar as palavras certas para o percebermos, procura no bloco. “Problem. Here, big problem.”

A noite caiu, passamos os portões. O ambiente é tenso. Jana al-Rashdi, uma palestiniana do Líbano a viver no campo há quatro meses, oferece-se para nos guiar pelos caminhos muito inclinados, que acompanham o declive da montanha. Jana tem 15 anos, usa um hijab preto a tapar o cabelo e fala num inglês perfeito, aprendido na escola. A comitiva que nos segue – jovens e também adultos, como o pai de Maryam, a menina de nove anos que joga às cartas sozinha no chão – vai desfiando uma lista de queixas em árabe, para Jana traduzir.

Os cuidados médicos no campo “não são muito bons”, os medicamentos não são suficientes. Falta limpeza nos espaços comuns, por vezes não há água. “A comida é muito má” e a distribuição é caótica. Esta noite o jantar foi arroz com carne de porco, que é proibida pelo islão, religião professada pela maioria. Não admira que as embalagens de plástico, guardadas num saco ao pé das tendas, ainda estejam por abrir.

“Queremos que fale em nome dos palestinianos”, pede Jana, sublinhando que muitos dos que ali estão ainda não foram chamados para a entrevista necessária para os pedidos de asilo ou reunificação. Também ela está à espera. Deseja partir com a mãe e os três irmãos, reencontrar o pai, que trabalha como cozinheiro num restaurante na Alemanha. Sonha estudar Medicina, mas quanto mais tempo passa no campo mais longe lhe parece o sonho. O pior é mesmo o silêncio. “Ninguém nos diz nada. Tentámos contactar a embaixada da Palestina em Atenas mas nem eles nos respondem”, lamenta.

Segundo a ACNUR, oito pessoas trabalham no Gabinete Regional de Asilo em Samos, apoiadas recentemente por 15 funcionários do serviço europeu de asilo. “O problema é que, com o pacto entre a UE e a Turquia, as autoridades estão a dar prioridade à comunidade de refugiados sírios. Isto significa que os restantes estão à espera quase sem informação nenhuma sobre o seu destino”, analisa Julien Delozanne, coordenador da missão dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) na ilha.

Juntando a falta de condições à ausência de informação sobre os processos, o resultado é uma autêntica bomba-relógio. No início de Junho, um confronto entre paquistaneses e argelinos acabou com vários feridos – segundo Jana, um homem acabou mesmo por morrer. Ainda há vestígios da luta: um contentor incendiado e outros danificados, caixas de ar condicionado partidas. Em resultado desse conflito, um grupo de mulheres e crianças atravessou a vedação e ocupou uma parte do campo que estava então fechada, com contentores novos e vazios à espera de aprovação superior para poderem ser usados. Foi depois desse episódio que se abriram os portões. Agora, os refugiados podem entrar ou sair sem controlo, mas não vão longe.

“O pouco dinheiro que eles traziam está a acabar ou já acabou. Estão muito frustrados, não sabem o que lhes vai acontecer, os filhos não vão à escola há meses ou mesmo anos, têm a vida completamente parada”, resume Chris Jones, um britânico a viver em Samos que tem ajudado a mobilizar ajuda para os deslocados.

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No início desta crise “os refugiados eram tratados como criminosos”, aponta Tony Novak, co-autor com Chris Jones de um blogue que relata o drama dos refugiados na ilha

Chris lamenta que as autoridades da ilha não estejam a saber lidar com a situação, mas admite que tudo isto está a acontecer numa altura muito difícil para os gregos, ainda a braços com uma crise profunda. Culpa a Turquia e sobretudo a UE por estarem a falhar “miseravelmente” todas as promessas. E teme que a tragédia do ano passado se repita caso o pacto entre as duas partes falhe. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já ameaçou abandonar o acordo caso a UE não acabe com a exigência de vistos aos cidadãos daquele pais.

O britânico, que criou o blogue samoschronicles.wordpress.com para contar ao mundo o drama dos refugiados na ilha, assistiu à mudança no perfil dos que foram chegando. Nas primeiras vagas vinham sobretudo pessoas da classe média alta, jovens estudantes ou empresários, médicos e professores. "Diziam que vinham abrir caminho para as famílias, que se juntariam depois. Mas no Verão do ano passado o desespero aumentou. Começámos a ver mais mulheres, muitas grávidas, idosos, pessoas com incapacidades. Pobres, muito mais pobres."

Antes de as organizações não-governamentais (ONG) se instalarem em Samos com missões humanitárias, os habitantes locais estavam na primeira linha de apoio a quem chegava com a roupa que tinha no corpo, pouco mais. Iam esperá-los às margens do Egeu de madrugada ou ao início da manhã, recebiam-nos com roupa seca, comida, um sorriso. “Encontrávamos-los divididos entre a exultação de serem salvos e o terror de terem passado quatro ou cinco horas à deriva no mar”, descreve o britânico.

Muitas vezes, os traficantes ficam em terra e escolhem um “capitão” entre os refugiados, ensinam-lhe a manobrar os pequenos motores instalados nos barcos insufláveis, dizem-lhe que a viagem é curta e deixam-nos entregues à própria sorte. Este ano houve pelo menos três naufrágios ao largo de Samos, nos quais morreram perto de 40 pessoas.

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No início desta crise “os refugiados eram tratados como criminosos”, aponta Tony Novak, residente em Samos e co-autor do Samos Chronicles. “Era ilegal dar-lhes boleia, podíamos ser multados”, conta. Paralisados pelo medo de perderem o sustento, os pescadores recusavam-se a ajudá-los mesmo quando viam barcos em apuros. Chris recorda o dia em que um insuflável cheio de refugiados se virou no meio do mar enquanto passava por perto um navio de cruzeiro. “Não lhes atiraram um único bote salva-vidas, uma única bóia. Eles estavam a afogar-se enquanto os turistas tiravam fotografias. Morreram 40 pessoas.”

Quando caíram as primeiras chuvas do Outono, “havia mulheres e crianças ao frio, ao escuro, a dormirem na rua, no chão”, recorda Anastasia Milion, residente na ilha e directora científica da ONG Archipelagos, que desenvolve projectos de conservação da Natureza. Afirma que a comunidade se envolveu num enorme movimento de solidariedade. “Tirámos cobertores dos nossos armários para lhes dar, oferecemos às crianças os brinquedos dos nossos filhos.”

Mas Chris Jones não esquece a atitude do governo local e das autoridades, que acusa de tornarem tudo ainda mais difícil. “Disseram abertamente que se tornarmos as coisas confortáveis para os refugiados, mais virão”, afirma, atribuindo-lhes também a responsabilidade pela quebra no turismo este ano: segundo a Federação Grega de Turismo, Samos recebeu em Julho menos 29,7% de visitantes do que no mesmo mês de 2015.

Vários lojistas, por sua vez, apontam o dedo aos media. “Os refugiados não são um problema, eles são pessoas como nós. Quase nem os vemos aqui na cidade. Mas os media publicaram coisas horríveis. Os jornais e as televisões só falam dos problemas”, reclama a dona do restaurante Yanni's Ouzeri, no centro de Samos.

Um paraíso na Terra

Num domingo à tarde no final de Julho, a larga marginal junto à baía está vazia. Nos cafés da Praça Pitágoras, a principal da cidade, as esplanadas estão às moscas. Chegam dois jovens, vão sentar-se no banco de madeira junto à estátua imponente de um leão. Junta-se-lhes um casal, ela usa o hijab. Matam o tempo a olhar para os telemóveis e a conversar, não vão para os cafés. “Os primeiros refugiados que chegaram no ano passado tinham dinheiro. Ficavam em hotéis, compravam comida, iam aos restaurantes. Agora é diferente”, conta Sotiria Politou, assistente social dos MSF.

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A ONG francesa chegou a Samos em Outubro, no meio do caos. Está desde então a dar apoio médico aos refugiados, não só físico mas também mental. “Temos algumas pessoas com doenças crónicas e as crianças têm as doenças próprias da idade. Mas quando chegam trazem sobretudo problemas psicológicos”, diz Laureen Cisse, que gere as várias respostas dos MSF no terreno. A organização fornece ainda roupas e outros bens essenciais, organiza actividades educativas e recreativas em colaboração com voluntários locais e ajuda a preencher os pedidos de asilo – sublinhando que pouco ou nada pode fazer para acelerar o processo.

“Estamos a retirar as famílias mais vulneráveis do campo e a levá-las para abrigos na cidade”, explica Julien Delozanne. A escolha, sempre difícil, é feita segundo “critérios médicos”. Famílias com mulheres grávidas de mais de seis meses ou com crianças menores de seis anos têm prioridade. No final de Julho, perto de cem pessoas estavam aos cuidados dos MSF, alojadas em quartos de hotéis pagos pela organização.

Só no Hotel Paraíso, situado a três minutos a pé da marginal da cidade, vivem nove famílias de várias nacionalidades. Partilham as instalações de três estrelas com turistas e voluntários das ONG, passeiam pelo jardim relvado e podem ir à piscina. Comparado com o campo, o hotel é mesmo o paraíso na Terra. É lá que conhecemos Mohamad Naser Ibrahimkhel, a mulher e os cinco filhos. Foi a primeira família afegã resgatada do campo pelos MSF, em Maio, um mês depois de ter chegado à ilha. “Tiveram sorte, porque muitas vezes os afegãos nem sequer chegam a ser registados no serviço de asilo”, diz Laureen Cisse, lembrando que a prioridade é dada aos sírios.

A sorte deles chama-se Muhamad, como o pai, e nasceu a 17 de Junho. Suna, a mãe, passou um terço da gravidez na viagem entre Cabul, a capital do Afeganistão, onde viviam, e a Turquia. O casal e as cinco crianças – a mais velha, Narzamin, tem 14 anos e sonha ser médica; a mais nova, Aesha, tem dois anos e não larga o colo do pai – caminharam centenas de quilómetros, atravessaram fronteiras, escaparam às balas da polícia no Irão, saíram a tempo de um barco insuflável que se esvaziou no mar. Para finalmente chegarem a Samos, pagaram 3 mil euros por pessoa. A viagem demorou 15 minutos.

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Mohamad fugiu do Afeganistao com a mulher e cinco filhos, mais um que já nasceu longe da guerra. Certeza só tem uma: nunca mais voltarão a casa

“Toda a gente sabe, e nós sabemos, que esta não é a maneira certa de vir para a Europa, mas não podíamos continuar a viver no Afeganistão”, desabafa Muhamad Naser. Tem 34 anos mas o rosto pesado e triste e o olhar angustiado dão-lhe um ar mais velho. Custa-lhe falar da vida em Cabul. “Ninguém sabe quando é que uma bomba nos vai cair em cima ou quando vai começar um tiroteio.” Mohamad Naser era gerente de uma empresa e tinha “ligações aos americanos”. Não revela muito mais, só diz que em 24 horas perdeu todo o dinheiro que tinha. Mas perdeu muito mais do que isso. “Os taliban mataram-me um irmão, amigos, o patrão, e tive medo de ser o próximo a morrer.”

Um dia tentaram raptar-lhe o filho, Sabir, de dez anos, no caminho da escola para casa. Outro dia, puseram-lhe uma bomba debaixo do carro. Escapou por sorte. “Tentei pedir ajuda ao Governo, mas ninguém quis saber”, lamenta. Encontrou-se sem alternativa: vendeu a casa, pegou no dinheiro e fugiu com a família. “Não posso voltar, nunca mais.” Mas se o passado é para esquecer, o futuro é ainda um enorme ponto de interrogação. A entrevista com as autoridades sobre o pedido de asilo está marcada para Setembro, ate lá têm de esperar.

Segundo Sotiria Politou, a maioria das famílias acolhida pelos MSF escolhe fazer a entrevista final em Atenas. “Talvez sintam que isto aqui, por ser uma ilha, ainda não é bem a Grécia que imaginavam. Ou talvez precisem de se sentir mais longe da Turquia.” Desde Março, apenas 33 pessoas fizeram essa viagem, que também é um grande risco – pode significar voltar ao ambiente do campo ou mesmo às ruas. Os MSF garantem que tentam encontrar locais para acomodar as famílias em Atenas, mas lembram que a cidade esta “sobrelotada”. No entanto, há relatos de refugiados que chegaram à capital e foram entregues à sua sorte.

Os autores do Samos Chronicles foram despedir-se das famílias que partiram para o continente no fim de Julho. “Não consigo explicar a angústia no olhar deles. Estavam por um lado excitados porque vêem algo a acontecer depois de meses à espera, mas também nervosos com a incerteza sobre o destino”, diz Chris Jones.

No final de Setembro, os MSF vão abandonar a missão em Samos – tal como já fizeram em Moria, Lesbos. Julien Delozanne diz que saem porque acreditam que há “energia suficiente” na ilha para dar continuidade à resposta que eles montaram no terreno. “A maior falha é o financiamento, mas isso conseguimos continuar a suportar”, afirma, ressalvando que, se tudo falhar no acordo entre a Turquia e a UE, e o fluxo de refugiados aumentar novamente, as secções da organização no continente activarão um plano de emergência.

Chris Jones, porém, não está optimista. “Isto é o princípio, ainda não é o fim.”

 

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