Cartas à Directora

Os incêndios e a justiça

O Funchal esteve a ferro e fogo. A Pérola do Atlântico proporcionou um espectáculo dantesco de chama e dor. Os reacendimentos não dão descanso aos soldados da paz. Quem atenta contra a vida e o património urbanístico não são doentes do foro psiquiátrico: são autênticos criminosos. Os juízes não podem continuar a libertar incendiários reincidentes, com a obrigatoriedade de apresentações periódicas em postos policiais. A moldura penal para este tipo de atentados à vida e ao património não pode ser enquadrado com “paninhos quentes”. Quando António Costa considera o ordenamento florestal absolutamente essencial, urge um 25 de Abril no estado geral de combate aos incêndios florestais. O acordo bilateral com a Rússia está em pré-alerta. Afinal, os russos não são assim tão maus!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

O verdadeiro vira o disco e toca o mesmo

Seria divertido senão fossem as consequências para a nação ouvir os mesmos atores do centrão politico no ora agora (2015) dizes tu que o meu crescimento económico de quase zero é mau e eu digo que é bom; ora agora (2016) digo eu que o teu crescimento de quase zero  é mau e tu dizes que é bom.

Crescimentos económicos perto de zero do Produto Interno Bruto confirmados pelo INE são maus. Ponto. Aqui, em Marte, na China, à esquerda, à direita, em qualquer lugar ou trimestre homólogo. Alternar ditos que o nosso crescimento de zero é bom mas o dos outros é mau, é um vira falso e gasto.

A intenção é disfarçar os maus resultados do sistema e de atores políticos que nos fazem últimos da UE.

São urgentes reformas profundas do estado e da politica que produzam mais ética, mérito, qualificação e responsabilização na governação passada e presente. Basta de eterna autopromoção de zeros.

Pedro Caetano, Buckinghamshire, Grã-Bretanha

A água não se nega a ninguém

O ditado é velhinho "a água não se nega a ninguém" e, de fato, numa situação de emergência como é o fogo que coloca em risco vidas humanas, casas, animais e floresta, todos os meios deveriam ser colocados à disposição para ajudar bombeiros a combaterem os fogos.

E tomar conhecimento através dos orgãos de comunicação que há tanta gente no meio da aflição de um fogo a dificultar o abastecimento de água é de lamentar o egoísmo, a falta de bom senso, a maldade pura e gratuita de pessoas que esquecem que um dia a desgraça também lhes pode bater à porta e gostariam de ser ajudados.

O País nestes últimos dias ficou mais pobre devido a tantos incêndios sem controlo que devastaram tudo o que lhes apareceu à frente; os nossos Bombeiros são heróis, defendem e protegem e deveriam ter o mesmo agradecimento que tiveram os Soldados da Paz da Madeira por uma população que, ainda em choque pela tragédia que viveu, não esqueceu de homenagear e agradecer a quem lutou e defendeu lado a lado evitando uma tragédia maior.

Ana Santos, Vilar de Andorinho

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