Quem são os portugueses que vão ao congresso do MPLA?

À excepção do Bloco de Esquerda, os maiores partidos portugueses estarão representados no congresso do MPLA.

Foto
Quase todos os partidos marcarão presença no 7.º Congresso do MPLA Siphiwe Sibeko/Reuters

Teresa Leal Coelho, Marco António Costa, vice-presidentes do PSD, e Luís Queiró e Paulo Portas, presidente da mesa do congresso e ex-líder do CDS, respectivamente, são o quarteto de direita que estará presente no 7.º Congresso Ordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), agendado para esta semana, entre os dias 17 e 20 de Agosto, em Luanda. Pela esquerda estarão Carlos César e Ana Catarina Mendes, presidente e secretária-geral adjunta do PS, e Rui Fernandes, membro da comissão política do PCP.

A notícia de que Paulo Portas iria a Luanda como convidado especial foi avançada esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, que acrescentava a informação (não confirmada) de que mais algumas personalidades portuguesas de fora dos partidos poderiam estar entre os convidados de José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA e chefe do Estado angolano nos últimos 36 anos.

Por enquanto, o líder angolano volta a ser o único candidato à chefia do MPLA (este é um congresso electivo), mas o próprio já anunciou que tenciona deixar a presidência do país em 2018, quando atingir os 76 anos, facto que logo acrescentou relevância ao 7º conclave do partido do poder, em Angola. 

Assim, sob o lema “MPLA: Com o povo rumo à vitória”, a reunião magna poderá servir para encontrar o seu sucessor de entre os 311 elementos que vierem a integrar o Comité Central do partido fundado em 1956. Ao todo, de acordo com a convocatória oficial, são 2.591 os delegados eleitos para participar no encontro que se realiza em Luanda. De registar que entre os nomes propostos para o comité central do MPLA constam os de José Filomeno dos Santos e de Welwistchea dos Santos, filhos do Presidente angolano, mas não o da filha Isabel dos Santos.

Na IX reunião do Comité Central, que serviu de preparação ao congresso, José Eduardo dos Santos assumiu que o partido entrará "num período de grande reflexão" para avaliar bem o trabalho feito, as falhas, as omissões, os êxitos e as perspectivas a traçar. "Precisamos de uma nova estratégia política, económica, social, cultural e de segurança e defesa nacional e de recuperação económica", disse o chefe de Estado. "Precisamos, também, de uma estratégia eleitoral e de propor, convenientemente, a renovação dos mandatos de todos os órgãos de direcção do partido, preservando a sua unidade e coesão”.

Angola terá eleições presidenciais em Agosto de 2017.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários