Depoimentos na Festa do Pontal

Leonel Rodrigues - A estreia

A presença de Leonel Rodrigues, de Proença-a-Nova, na festa do Pontal, no Calçadão, em Quarteira teve um significado especial na vida deste militante social-democrata. “É uma experiência, é a primeira vez que participo na festa” O que o fez sair de casa de autocarro, de manhã, para ir ver o mar, sem pôr os pés na areia, tem uma justificação simples: “Sou militante, aqui estou”. Tal como ele, outros seus conterrâneos responderam à chamada: “Estamos aqui distribuídos por estas quatro mesas”, disse. Quando à mensagem política de Pedro Passos Coelho só esperava uma coisa: “Espero que diga e faça melhor do que os que lá estão”. À passagem do líder social-democrata, o grupo dos seus conterrâneos não resistiu a pedir-lhe para tirar um “foto de família”. Ergueram-se as bandeiras, abriram-se os sorrisos, houve festa, bateram-se palmas.

Isabel Soares - Reencontrar amigos

 A ex-presidente da Câmara de Silves, Isabel Soares, é uma das figuras clássicas do Pontal. “Nunca faltei a uma festa, que me lembre”, diz à entrada do recinto. Pelo caminho vai distribuindo cumprimentos à direita à esquerda, ou não fosse ela uma das figuras que na região mais se destacou no período do “cavaquismo”. Por se ter imposto politicamente num concelho, de maioria de esquerda, rapidamente ganhou reconhecimento público. Nas festas do Pontal, marcava presença quase obrigatória ao lado de Cavaco Silva, tal como o histórico governador civil de Faro, Cabrita Neto e Mendes Bota. Em Quarteira, a ex-autarca diz que foi “reencontrar amigos”, mas as figuras regionais desse tempo estão, na maioria dos casos, fora da politica activa.  A razão pela qual disse “sim” ao apelo das estruturas partidárias não teve outra motivação senão o dever: “sou militante”, justificou.

António Oliveira - “Não queria morrer sem vir”

Ao chegar a Quarteira, vindo da Maia, António Oliveira, de 77anos, era um homem feliz: “Uma grande alegria, uma enorme alegria”, comentou ao chegar à festa do Pontal. Todo o ambiente em seu redor lhe parecia agradável: “Sou social-democrata desde sempre, nunca tinha vindo a esta festa, estou muito satisfeito de aqui estar – não queria morrer sem vir a esta festa”. Da Maia, disse, vieram quatro autocarros alugados pelo partido. Quanto pagaram? “ A viagem não, pagamos o almoço-,11 euros”. O cansaço da viagem, com regresso previsto para a madrugada, não o preocupava: “Amanhã[hoje] é dia feriado”, justificou. O prazer de estar a viver uma “situação única” fê-lo saltar para cima de um banco de jardim, para assim puder erguer, bem alto, a bandeira do partido. Já com Pedro Passos Coelho a caminho do no palco, não deixou de recordar a “simpatia” de Marcelo Rebelo de Sousa. “Sou da terra dele, Celorico de Baixo, já fui comer figos à quinta dele”. 

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