Aviões russo e marroquino parados devido a avarias

Ministra da Administração Interna deverá visitar São Pedro do Sul este domingo à tarde

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REUTERS/Rafael Marchante

O tecto de fumo intenso que cobre a Serra de S. Macário está a impedir a actuação das aeronaves russas, que chegaram a Portugal no sábado, no incêndio de S. Pedro do Sul. Já ao início da tarde dois aviões tiveram de parar devido a avarias.

O fogo continua com duas frentes activas e no local estão mais de 900 bombeiros. “Há meios aéreos a actuar neste momento, mas os dois bombardeiros russos estão, por enquanto, impedidos de efectuar descargas por causa do fumo”, confirmou o presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, pelas 15h00, acrescentando que os aviões podiam entrar em acção a qualquer momento, até porque o fumo se ia dissipando à medida que a temperatura aumentava.

Um dos aviões russos e um outro marroquino acabaram por ficar fora de serviço ao início da tarde devido a avarias.

Segundo a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), é esperado que os aviões possam regressar rapidamente ao combate aos fogos.

Por volta das 13h, os dois aviões russos Beriev tiveram avarias quase em simultâneo deixando de estar operacionais, segundo revela a Lusa.

Às 17h, a ANPC adiantou que foi resolvido o problema de um dos aviões russos, ao qual foi atribuída a missão de combater as chamas em S. Pedro do Sul.

As duas aeronaves avariadas estão paradas na base de Monte Real para serem avaliadas por técnicos.

Segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil, há oito meios aéreos alocados a este fogo. O mesmo autarca adiantou que, apesar de a situação “estar a melhorar”, ainda existem aldeias ameaçadas pelas chamas.

Este incêndio, o único de maiores proporções indicado pela Protecção Civil, começou ao início da tarde de segunda-feira, na localidade de Janarde, concelho de Arouca, no distrito de Aveiro. É esperada a chegada durante a tarde a S. Pedro do Sul da ministra da Administração Interna, Constança Urbana de Sousa.

Ontem, um sapador florestal da Afocelca, associação de empresas papeleiras, sofreu queimaduras graves, continuando internado na unidade de queimados do Hospital de Coimbra com prognóstico “muito reservado”. Dezenas de pessoas foram evacuadas, algumas das quais regressaram este domingo a casa, enquanto outras ainda se encontram em centros sociais e na Santa Casa da Misericórdia de Sul.

De acordo com os bombeiros no local, o fogo está dividido em dois sectores. Um que atinge as localidades de Santa Cruz da Trapa e o segundo na freguesia de Sul. “O combate está a evoluir favoravelmente, estamos a controlar as chamas, mas esta é uma hora complicada por causa do aumento das temperaturas”, contou o comandante dos Bombeiros de Santa Cruz da Trapa, Francisco Lima.

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