PR não comenta viagens, mas defende separação entre poder político e económico

De visita ao Brasil, Marcelo foi questionado sobre a polémica das viagens de três secretários de Estado para jogos de futebol do Euro 2016 pagas pela Galp,

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O Presidente regressa do Brasil a 9 de Agosto Pedro Cunha

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou esta quinta-feira comentar a política interna portuguesa, mas defendeu, em abstracto, os princípios da transparência, contenção dos gastos públicos e não confusão entre poder político e económico.

"Em abstracto, o que eu posso dizer é que a minha campanha eleitoral e o meu mandato como Presidente têm sido permanentemente preocupados com uma ideia que também preocupa os portugueses, que é a ideia da transparência, que é a ideia da contenção dos gastos públicos, que é a ideia de não confusão entre poder económico e poder político", afirmou o chefe de Estado.

Questionado sobre a polémica das viagens de três secretários de Estado para jogos de futebol do Euro 2016 pagas pela Galp, Marcelo Rebelo de Sousa começou por enunciar o seu "princípio básico" de não falar de política portuguesa quando se encontra fora do país.
"Acompanho o que se passa, sei o que se passa, mas não falo dela [política portuguesa] fora do território português", afirmou acrescentando que se pronunciará no regresso do Brasil para Portugal no dia 9 de Agosto, "se for caso disso". O chefe de Estado falava à imprensa no Rio de Janeiro, após uma visita ao Museu de Arte do Rio, no segundo de uma visita oficial de seis dias ao Brasil.

O Governo considerou esta quinta-feira que o caso das viagens de membros do Governo pagas pela Galp para assistir a jogos do Europeu "fica encerrado" com o reembolso das despesas efectuadas pelo patrocinador oficial da selecção. "Tendo suscitado dúvidas na opinião pública, os senhores secretários de Estado fizeram questão de assegurar o reembolso de quaisquer despesas em que o patrocinador tenha incorrido por motivo da sua participação nessa iniciativa de apoio público. Ao fazê-lo, do ponto de vista do Governo, o caso fica encerrado", afirmou o ministro dos negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas no Palácio das Necessidades, em Lisboa.

Os secretários de Estado a que Augusto Santos Silva se referia são o dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, da Indústria, João Vasconcelos, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira.

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