Cerca de 200 startups já se candidataram a representar Portugal na Web Summit

Iniciativa do Governo dará acesso gratuito ao evento e inclui um programa de preparação.

Eram perto de 200 as startups que até à tarde desta quinta-feira se tinham candidatado ao apoio governamental para participar na Web Summit, um evento de tecnologia e empreendedorismo que Lisboa acolhe em Novembro. Serão escolhidas 66 empresas para representar Portugal.

A iniciativa Road 2 Web Summit dá acesso grátis ao evento (o que inclui entradas para quatro pessoas e um stand) e também a um programa de preparação. As candidaturas terminam nesta sexta-feira e, a um dia do final do prazo, havia muitas inscrições na plataforma online que ainda não tinham avançado com uma candidatura. “Temos o registo de quase 600”, adiantou, em resposta a questões do PÚBLICO, Maria Miguel Ferreira, assessora do secretário de Estado da Indústria, acrescentando esperar que alguns destes inscritos ainda terminem o processo. 

As entradas na Web Summit oscilam entre as centenas e os milhares de euros. Para uma startup em fase inicial, um bilhete como o que o Road 2 Web Summit oferece custa 1950 euros e implica também passar por um processo de selecção conduzido pelos organizadores. Já para os participantes, o bilhete para assistir às palestras e ter acesso à área das empresas custa 575 euros. Porém – e num evento que vende a oportunidade de se fazerem contactos de negócio – o preço sobe para os 4700 euros para quem queira acesso total, o que inclui a área dos palestrantes. O bilhete para investidores custa pelo menos 644 euros e pode chegar aos 5405.

Depois de uma triagem inicial das candidaturas ao Road 2 Web Summit (na qual podem participar empresas com financiamento até três milhões de euros), a escolha das 66 startups que representarão o país no evento vai ser feita a 21 de Setembro, durante um “pitch day” em que um júri assistirá a apresentações rápidas de cada uma. Serão ainda seleccionadas sete empresas para participarem num evento de tecnologia com a participação de líderes políticos internacionais, num encontro que é promovido pela Web Summit e pelo Governo.

A Web Summit vai decorrer de 7 a 10 de Novembro, no Meo Arena e na Feira Internacional de Lisboa, e é a primeira vez que acontece fora de Dublin, onde nasceu em 2010, então como um pequeno evento para entusiastas da tecnologia.

O fundador da conferência, Paddy Cosgrave, anunciou no ano passado um plano para realizar três edições consecutivas em Lisboa. A mudança de cidade aconteceu porque Cosgrave procurava melhores condições logísticas para a conferência – que espera rondar este ano os 50 mil participantes – e porque, viria a ser revelado mais tarde através da divulgação de uma troca de emails, a Web Summit estava com dificuldades em obter o apoio do Governo irlandês. Tanto o ecossistema crescente de empreendedorismo em Lisboa como o número de hotéis disponíveis acabaram por ter um papel na escolha.

Desde que decidiram fazer o evento em Portugal, os organizadores da conferência têm tido uma relação próxima com o Governo português, que formalizou em Junho um grupo de trabalho para acompanhar o processo. 

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