O que talvez não saiba dos 28 desportos olímpicos

Os Jogos Olímpicos vão distribuir medalhas em 41 modalidades, bem mais do que os desportos que serão praticados no Rio 2016. Aqui pode ficar a conhecer algumas curiosidades que talvez desconhecesse sobre os 28 desportos olímpicos.

 

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1. Andebol

O andebol surgiu nas Olimpíadas em 1936, em Berlim, ainda no formato 11 contra 11, num campo relvado. Após um longo período de ausência, regressou novamente na Alemanha, nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Este regresso trouxe o actual formato de 7 contra 7, em recinto fechado.

Neste desporto, os jogadores canhotos preferem jogar do lado direito e os destros do lado esquerdo. Desta forma, a mão dominante fica com melhor ângulo relativamente à baliza, facilitando o remate e a marcação de golos.

No andebol, nenhum jogador pode entrar na área de baliza, onde só está o guarda-redes, de forma a obter alguma vantagem. Se o fizer, será atribuída posse de bola à equipa adversária, com possibilidade de punição técnica.

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2. Atletismo

Nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Usain Bolt tornou-se o primeiro atleta detentor dos recordes do mundo dos 100, 200 e 4x100 metros. A sua alcunha é “Lightning Bolt” e é um dos atletas mais mediáticos do desporto mundial. Bolt tornou-se o primeiro atleta, na história do atletismo, a vencer seis medalhas de ouro em provas de velocidade, tornando-se bicampeão nas três provas que venceu. No Rio, em 2016, o jamaicano pode conquistar o ouro pela terceira vez consecutiva, nas mesmas três provas.

Em 2010, foram proibidas as falsas partidas nas corridas de velocidade. Assim, um atleta que saia antes do tiro de partida é desqualificado e a partida é repetida.

Nos Jogos Olímpicos da antiguidade, havia uma prova que consistia em correr de um lado ao outro do estádio. A prova chamava-se, precisamente, "estádio".

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No salto em comprimento, um atleta não pode pisar a tábua de impulsão. O bordo da tábua é feito de plasticina – material moldável e sensível ao “pisão” –, para que a marca deixada pelo atleta seja visível e, dessa forma, o salto seja considerado nulo.

3. Badminton

Um volante de badminton pesa cerca de cinco gramas e, geralmente, é feito de penas de ganso.

Este desporto chegou à Europa no século XIX, trazido por militares britânicos que viram este jogo (mas sem rede a dividir o campo) na Índia. O nome tem origem na propriedade dos Duques de Beaufort, em Badminton House, local onde começou a ser praticado.

O badminton é o desporto de raquete mais rápido do mundo e os volantes podem atingir os 400km/h.

Apesar de mais de 50 países já terem participado no torneio olímpico de badminton, apenas China, Coreia do Sul, Indonésia, Dinamarca, Malásia, Grã-Bretanha, Japão, Países Baixos, Índia e Rússia venceram medalhas.

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O badminton estreou-se nas Olimpíadas apenas em 1992, em Barcelona, sendo que apenas em Atlanta 96 foram introduzidos os pares mistos e a disputas por medalhas de bronze.

4. Basquetebol

Uma das equipas desportivas mais icónicas da história do desporto mundial – a “Dream Team” – é a equipa dos Estados Unidos da América que se sagrou campeã olímpica de basquetebol, em 1992. Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Scottie Pippen, Karl Malone, David Robinson ou Charles Barkley fizeram parte dessa equipa.

O chinês Yao Ming, com 2,29m, é o atleta mais alto que já participou nos Jogos Olímpicos.

Em cada posse de bola, as equipas têm 24 segundos para lançar ao cesto. É considerado lançamento quando a bola entra no cesto ou toca no aro.

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Ao contrário do futebol, do andebol e dos desportos colectivos mais mediáticos, no basquetebol, quanto maior for a distância ao cesto, mais pontos a equipa marca. Podem ser contabilizados lançamentos a valer 1, 2 ou 3 pontos.

5. Boxe

A história do boxe remonta aos Jogos Olímpicos da Grécia antiga. O boxe moderno, com regras mais próximas das actuais, surgiu no século XIX.

Os Jogos de Londres, em 2012, ficaram marcados como os primeiros em que a categoria feminina foi introduzida nesta modalidade.

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Os Estados Unidos da América são o país com mais medalhas olímpicas nesta modalidade. Muhammad Ali, falecido em Junho de 2016, é a principal figura deste desporto e chegou a ser campeão olímpico – ainda sob o nome Cassius Clay –, em Roma, no ano de 1960. E no voo para Itália, Ali, com medo de andar de avião, levou consigo um paraquedas. Não se sabe se o trouxe de volta, mas sabe-se que trouxe uma medalha de ouro. 

6. Canoagem

As provas de canoagem de velocidade estrearam-se nos Jogos Olímpicos em Berlim, no ano de 1936. Entre Moscovo 1980 e Atenas 2004, a alemã Birgit Fischer conquistou 12 medalhas nesta modalidade (oito de ouro).

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Os países europeus são, tradicionalmente, os mais fortes nesta modalidade. Dos dez países mais medalhados na canoagem, sete são europeus. Esta modalidade tem duas vertentes: uma “radical” e uma de velocidade. Na primeira – o slalom –, os canoístas descem um rio, tendo de ultrapassar correntes e ondas, enquanto contornam as portas que delimitam o percurso. É uma das provas mais exigentes a nível físico. Já a prova de velocidade é disputada em águas calmas, apelando a técnica, velocidade e coordenação nos movimentos de remo.

7. Ciclismo

Peter Sagan é uma das grandes figuras do pelotão internacional de ciclismo de estrada. Apesar disso, nestes Jogos, o eslovaco vai participar na competição de BTT (montanha), modalidade na qual começou o seu percurso como ciclista. Uma curiosidade em torno desta modalidade remete para as diferenças para a prova de estrada. O circuito de montanha não pode ter mais do que 15% de terreno plano e as bicicletas são bastante diferentes das de estrada: são mais resistentes, têm mais e melhores amortecedores e têm pneus mais largos. Tudo para conseguir amortecer o impacto dos saltos e dos terrenos irregulares e montanhosos.

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A prova de ciclismo de pista esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos, com excepção das Olimpíadas de Estocolmo, em 1912. Uma característica das bicicletas de pista é a ausência de travões. Os ciclistas apenas desaceleram – deixando de pedalar –, não travam.

8. Esgrima

A esgrima é um dos cinco desportos presentes em todas as edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna (desde 1986, em Atenas). Os outros são ciclismo, atletismo, natação e ginástica.

Este desporto foi um dos praticados pelo barão Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

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O equipamento que os atletas utilizam (máscara, calças compridas, casaco e luva) é à prova de perfuração, para não haver riscos na utilização das espadas.

9. Futebol

A competição de futebol, ao contrário das outras modalidades, não se disputará apenas no Rio de Janeiro, a cidade anfitriã destes Jogos Olímpicos. Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e a capital Brasília também receberão o futebol olímpico.

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A competição de futebol dos Jogos não está incluída no calendário oficial da FIFA, o que dá aos clubes a possibilidade de recusar “emprestar” os jogadores às selecções presentes nas Olimpíadas. Este facto tem gerado alguma polémica, com alguns treinadores de selecções olímpicas a mostrarem o seu desagrado.

10. Ginástica

Uma das grandes figuras dos Jogos Olímpicos da Era Moderna é Nadia Comaneci. Em 1976, nos Jogos de Montreal, a ginasta romena recebeu a primeira nota 10 da história, recebendo dos jurados um “perfect 10”, que, de início, foi apenas um medíocre “1,00”, deixando o público de respiração cortada. O placard electrónico só estava preparado para colocar três algarismos, mas Nadia Comaneci, aos 14 anos, acabava de receber um 10,00.

Na ginástica rítmica, os exercícios ocorrem no solo e com música, quase como um musical. No Rio, esta disciplina terá quatro adereços: bola, arco, fita e maças.

Os países europeus são os que têm maior tradição nesta modalidade – prova disso são as ginastas russas que, desde 2000, são as únicas a subir ao lugar mais alto do pódio. No entanto, o primeiro ouro olímpico foi para o Canadá, em Los Angeles 1984.

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O trampolim é a mais recente das disciplinas de ginástica no programa olímpico. Estreou-se apenas em Sidney 2000.

11. Golfe

Há 112 anos que o golfe não faz parte dos Jogos Olímpicos. Os 18 buracos que estarão na competição do Rio 2016 foram desenhados pelo arquitecto americano Gil Hanse.

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E a influência dos Estados Unidos não fica por aqui. Das 12 medalhas de ouro já entregues aos atletas, nove foram ganhas por atletas em representação dos Estados Unidos. Na última vez em que esta modalidade esteve nos Jogos, em St. Louis, 74 dos 77 golfistas eram americanos.

12. Halterofilismo

Em 2008, nos Jogos de Pequim, uma atleta da Tailândia apresentou-se a grande nível. Venceu o ouro na categoria -53kg, mas, quem estava no pavilhão, não pôde ler o seu nome. O nome da tailandesa Prapawadee Jaroenrattanatarakoon não coube no placard electrónico. Diga-se, ainda, que este nome nem é o nome de nascimento da atleta. A mudança foi-lhe sugerida por uma cartomante, em 2007, que lhe garantiu que, se mudasse de nome, teria mais hipóteses de conseguir o ouro olímpico.

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Acerca da força destes atletas, fica um dado curioso: no conjunto das duas fases da competição – arranque (levantar a barra) e arremesso (quando a barra é erguida) –, os atletas suportam até três vezes o peso do seu corpo. Considerando que a categoria para atletas mais pesados é para acima de 105kg, é só fazer as contas...

13. Hipismo

Nesta modalidade, cavaleiro e cavalo devem manter harmonia e sintonia permanentes. Nos Jogos, esta modalidade terá três disciplinas: ensino, saltos e concurso completo. Na prova de ensino, o objectivo é que o cavalo e o cavaleiro atinjam a perfeita harmonia, executando um percurso com movimentos como caminhada, trote ou galope. Na competição de saltos, ambos devem superar obstáculos como lagos, muros ou barras. Se, noutras modalidades, a beleza e elegância dos movimentos são aspectos essenciais, na disciplina de saltos, não é avaliada a forma como o cavalo salta. Interessa apenas que o cavalo conclua o salto, sem derrubar o obstáculo.

Os Estados Unidos e o Canadá são os únicos países não-europeus com medalhas no ensino.

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Como as competições são desgastantes, os cavalos recebem massagens, sessões de fisioterapia e acupunctura entre as provas.

14. Hóquei em campo

O hóquei em campo é o único desporto colectivo que já viu países de todos os continentes conquistarem medalhas. A selecção masculina da Índia dominou as Olimpíadas entre 1928 e 1956, ao passo que, em 1980, em Moscovo, a equipa feminina do Zimbabwe conquistou o ouro.

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Este desporto é uma mistura de futebol com hóquei em patins. A base é semelhante a este último, mas joga-se num campo relvado, com balizas nas extremidades e jogam 11 contra 11, tal como no futebol.

15. Judo

O Judo - que em japonês significa “o caminho para a elasticidade” – é um desporto que foi criado por volta da década de 1880 pelo japonês Jigoro Kano, que misturou diversas artes marciais – em particular do ju-jitsu – eliminando os ataques mais perigosos e desenhando regras em seu redor. A sua primeira escola, ou “dojo”, abriu em 1882.

A primeira participação nas Olimpíadas de 1964 em Tóquio para os homens, e apenas em 1992 em Barcelona para as mulheres, sendo criadas sete categorias de peso distintas nas quais os atletas podem competir.

O holandês Anton Geesink provou que um judoca habilidoso é capaz de vencer um oponente de qualquer tamanho, ao vencer o então três vezes campeão nipónico Kaminaga Akio em Tóquio 1964.

Em 2012, Wojdan Shaherkani tornou-se, aos 16 anos, a primeira mulher da Arábia Saudita a representar o seu país nos Jogos, tendo competido de véu.

Numa primeira fase, todos os judocas tinham de competir de branco, de forma a manter a tradição. Contudo, com vista a facilitar a distinção entre os atletas, o azul foi introduzido.

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Japão e França são os países com maior número de medalhas olímpicas na modalidade, sendo a nipónica Kaori Matsumoto e o gaulês Teddy Riner, os actuais campeões.

16. Luta livre e luta greco-romana

Com a excepção das provas do atletismo, as lutas são consideradas as modalidades mais antigas do mundo do desporto. Na Era Moderna, as lutas apenas não estiveram presentes em 1900.

Na edição de 1904 em Saint-Louis nos EUA, a modalidade livre apenas contou com disputas entre atletas norte-americanos.

As mulheres entrariam nos combates precisamente um século depois, em Atenas, sendo que a ucraniana Irini Merleni tornou-se a primeira campeã. Para que tal sucedesse, em 2000 o programa teve de ser alterado das dez categorias de peso para oito.

Japão e China possuem nove das 12 medalhas de ouro disputadas pelas mulheres desde a sua génese na capital grega.

Até à data, Kristjan Palusalu é o único a ter conquistado a medalha de ouro tanto no estilo livre como na luta greco-romana.

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Em Estocolmo 1912 o embate entre o russo Martin Klein e o finlandês Alfred Asikainen durou 11 horas. Klein venceu, mas o cansaço foi tal que desistiu do combate decisivo na final.

17. Natação

Um desporto que remonta aos tempos da Idade da Pedra, foi introduzido como competição no início do século XIX, quando a Sociedade de Natação Nacional da Grã-Bretanha começou a juntar atletas.

Com base no movimento executado nos nativos sul-americanos, o “crawl”, ou estilo livre, foi adoptado como prova em conjunto com o estilo “bruços”. As competições de costas foram adicionadas em 1904. Em 1908 a competição praticava-se já em piscinas olímpicas, dado que a edição de Paris oito anos antes decorreu no rio Sena.

Em meados da década de 1940, os nadadores perceberam que seriam mais rápidos se levantassem os braços sobre a cabeça, uma prática que foi abolida no estilo, mas que permitiu a criação da “mariposa”, que surgiu oficialmente em Melbourne 1956.

Eric Moussambani tornou-se um ícone da modalidade ao disputar os 100m livres, apenas seis meses depois de aprender a nadar.

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Os EUA são recordistas na competição, com destaque para Michael Phelps, ainda hoje o atleta mais medalhado da história, com 22, sendo 18 de ouro.

18. Pentatlo moderno

O pentatlo moderno sofreu alterações em relação à versão praticada na Antiguidade. A corrida, salto, lançamento do dardo, lançamento do disco e luta livre deram lugar à prova combinada de tiro, esgrima, natação e hipismo.

Foi introduzido pelo “pai” dos Jogos Olímpicos, Pierre de Coubertin, que acreditava que as modalidades inerentes ao pentatlo moderno testariam “as qualidades morais de um homem bem como os seus recursos físicos e habilidades, produzindo, assim, um atleta completo”.

Até a Atlanta 1996, a prova era praticada ao longo de quatro dias, sendo que hoje decorre num único dia. Antes de Londres a corrida era a primeira etapa, tendo sido combinada com o tiro na última etapa da competição. 2012 ficou também marcado pela introdução das pistolas a laser, por razões de segurança e de preservação do meio ambiente.

Ao contrário do hipismo – onde os cavaleiros escolhem os cavalos – no pentatlo os animais são atribuídos através de um sorteio.

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O húngaro Andras Balczo é o atleta do pentatlo com maior sucesso nos Jogos Olímpicos, com três medalhas de ouro (uma individual e duas em equipa) e duas de prata (uma individual e uma por equipa).

19. Râguebi

O râguebi surgiu na década de 1820, quando uma criança da Rugby School em Inglaterra pegou numa bola de futebol com as mãos e correu disparado com ela em direcção à linha do golo.

O râguebi de 7 marcará a sua estreia no Rio 2016. A versão para 15 jogadores foi disputada quatro vezes: Paris 1900, Londres 1908, Antuérpia 1920 e Paris 1924.

Ainda que disputado por equipas de sete, o desporto será jogado em campos com as mesmas medidas da versão original, o que provocará uma grande resistência física por parte dos seus atletas.

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Tanto no torneio masculino quanto no feminino estarão representadas 12 equipas.

20. Remo

O remo tem origens nas antigas civilizações do Egipto, Grécia e Roma, em que funcionava com método de transporte. A sua adaptação para o desporto terá ocorrido em Inglaterra, em 1828 com a primeira corrida entre as universidades de Cambridge e Oxford, tradição que se mantém até aos dias de hoje.

Nas edições da Era Moderna, o remo apenas não esteve presença em Atenas 1896, visto que uma tempestade impediu a realização da competição, marcando a sua estreia oficial em Paris quatro anos depois.

Dada a exigência física da prova, um remador olímpico tem de consumir, em média, 6000 calorias por dia durante os treinos, chegando a percorrer, por ano, 10.000 km. Para evitar excesso de peso, os remadores costumam ser baixos e relativamente leves, mas foi estabelecido um mínimo de 50kg para as mulheres e 55 para os homens.

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Steve Redgrave é considerado o melhor remador da história. Campeão do mundo por seis vezes venceu cinco medalhas de ouro em tantas edições das Olimpíadas. Nas mulheres, a campeã é Elisabeta Lipa, que conquistou cinco medalhas entre 1984 e 2004.

21. Tiro com arco

O tiro com arco é inspirado nas actividades de guerra e de caça nos primórdios da Civilização, tendo ganho popularidade enquanto modalidade a partir do século XVI, em Inglaterra. Estreou-se em Paris 1900 enquanto desporto olímpico, sendo dos primeiros a permitir a participação feminina, quatro anos depois em Saint Louis.

80 anos depois, a neozelandesa Neroli Fairhall fez história ao ser a primeira atleta paraplégica a competir nos Jogos Olímpicos, dado que os Paraolímpicos só surgiram em Roma, em 1960.

O tiro com arco esteve ausente durante 52 anos, entre 1920 e 1972. O arqueiro mais condecorado dos Jogos Olímpicos é o belga Hubert Van Innis que, entre 1900 e 1920, obteve nove medalhas, seis de ouro e três de prata.

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Numa das cerimónias de abertura mais icónicas da história, o espanhol Antonio Rebollo acendeu a tocha olímpica ao disparar uma flecha com a ponta incandescente em Barcelona 1992.

22. Tiro desportivo

Pierre de Coubertin pode ser considerado o grande responsável pela inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos. Campeão francês de tiro com pistola, adicionou a prova logo na primeira edição da Era Moderna, em Atenas 1896.

Nos dias que correm, os óculos utilizados na competição – além da segurança – possuem uma tecnologia que coloca o alvo em contraste com o resto do ambiente envolvente, permitindo ainda um maior controlo da respiração para que haja estabilidade no momento do disparo.

Paralelamente, os praticantes usam técnicas de relaxamento e de abrandamento da respiração para metade, de forma a garantir um disparo preciso.

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Gerard Ouelette pode ter tido uma performance perfeita em Melbourne 1956 (60 tiros no centro do alvo, obtendo 600 pontos), mas Karoly Takacs é um exemplo de combate às adversidades. Parte integrante da equipa húngara que se sagrou campeã mundial em 1938, Takacs perdeu a mão direita na sequência de uma explosão desencadeada por uma granada. Dez anos volvidos, aprendeu a disparar com a esquerda, tendo conquistado duas medalhas de ouro na categoria tiro rápido.

23. Taekwondo

O “caminho das mãos e dos pés” – significado da palavra em coreano – é um desporto de combate que, ainda que tenha sido disputada em Seoul 1988 e Barcelona 1992, apenas em Sydney 2000 passou a distribuir medalhas.

O domínio na modalidade pertence aos sul-coreanos, que conquistaram 10 em 32 medalhas de ouro possíveis, seguindo-se a China com oito.

O afegão Rohullah Nikpah fez história em 2008, ao conquistar a primeira medalha (bronze) da história para o seu país, repetindo o feito em Londres.

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Nos Olímpicos de 2012, a arena de luta foi reduzida, sendo introduzido um novo sistema de pontuação. Com esta alteração, oito países conquistaram as oito possíveis medalhas de ouro.

24. Ténis

No século XII, muito antes de surgirem as raquetes, o ténis era praticado com as mãos e praticado contra as paredes.

Presente em todas as edições da Era Moderna. A estreia feminina decorreu apenas em Paris, mas com um enorme estatuto: a britânica Charlotte Cooper ganhou a medalha de ouro e tornou-se a primeira mulher olímpica da história, em todos os desportos.

O britânico John Boland viajou para Atenas 1896 apenas como espectador, mas foi convencido por Dionysios Kasdaglis a participar no torneio. O tenista grego ter-se-á arrependido do convite, já que Boland o derrotou na final.

Jennifer Capriati é a mais jovem campeã olímpica do ténis: tinha 16 anos e 132 dias quando venceu o torneio em Barcelona 1992.

As irmãs Venus e Serena Williams são as únicas atletas profissionais do ténis a conquistar quatro medalhas olímpicas, todas de ouro.

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Roger Federer, um dos maiores tenistas da história e recordista em torneios do Grand Slam, nunca obteve o primeiro lugar. Em Londres 2012, foi derrotado pelo britânico Andy Murray na final.

25. Ténis de mesa

O ténis de mesa terá surgido na década de 1880, quando a classe-alta de Inglaterra o praticava, após a hora de jantar, como alternativa ao ténis tradicional disputado em relvados.

Ao contrário do ténis tradicional, o ténis de mesa surgiu primeiramente nos Jogos Paraolímpicos em 1960 (Roma) e quase 30 anos depois em Seoul (1988).

Até aos dias de hoje, o sueco Jan-Ove Waldner é o único atleta não asiático a conquistar uma medalha de outro na competição.

Com os avanços tecnológicos, numa mistura entre raquetes de borracha com cabos de madeira e de fibras de carbono e bolas ocas de celulóide, os esféricos podem atingir velocidades superiores a 150km/h.

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Vulgarmente conhecido como “pingue-pongue” – devido à adopção de uma empresa norte-americana que cobra o uso da marca – a comunidade desportiva refere-se ao desporto como “ténis de mesa”.

26. Triatlo

O triatlo apareceu nos EUA como uma alternativa de treino aos atletas de alta competição. A primeira prova oficial deu-se em San Diego, em 1974, ano em a prova consistia em 500m de natação, 8km de ciclismo e 10km de corrida.

As provas são sempre acompanhadas de emoção. Apenas por uma vez – nas oito competições já realizadas (estreou-se em 2000) - a diferença entre o primeiro e segundo classificados foi superior a 13 segundos.

Ainda que a competição não seja eliminatória, os atletas podem ser eliminados do evento se criarem situações perigosas aos adversários.

A Austrália é o pais recordista com cinco medalhas, mas é do Canadá que surge o primeiro e único campeão a subir ao pódio mais do que uma vez: Simon Whitfield conquistou o ouro em Sydney 2000 e a prata em Pequim 2008.

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Já em Londres 2012 foi estabelecido o melhor tempo da história, por intermédio do britânico Alistair Brownlee, que subiu ao pódio com o irmão Jonathan que levou o bronze.

27. Vela

As primeiras corridas começaram nos EUA, quando o sindicato do clube de vela de Nova Iorque construíram uma embarcação de 30 metros – apelidado de América – navegou para Inglaterra, onde conquistaria a “Hundred Guineas Cup”. 132 anos mais tarde, os americanos seriam destronados pela Austrália como vencedores da prova.

O Rei Carlos II de Inglaterra era um grande fã dos barcos à vela, tendo transformado o “jachtship”, uma embarcação mercantil holandesa, num barco de competição.

A primeira participação olímpica deveria ter ocorrido em Atenas 1896, mas o mau tempo na capital grega impediu a realização da prova, que teria a sua estreia em Paris quatro anos depois.

As mulheres eram parte integrante da modalidade desde Londres 1908, tendo ganho o direito de competir numa prova independente apenas em Seoul 1988.

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Durante as regatas, existem regras específicas para ultrapassar os adversários, que estão sujeitas da direcção do vento que os barcos recebem.

28. Voleibol

O basquetebol e o voleibol foram ambos inventados na Springfield College of Massachusetts, com alguns anos de diferença. Em 1895, William G.Morgan, após assistir à criação do basquetebol, decidiu inventar um desporto semelhante, mas que fosse menos agressivo para os mais velhos, inicialmente apelidado de “Mintonette”.

No entanto, um professor local após notar que a bola “voleava”, permitiu a alteração para a designação que hoje é conhecida.

O Estádio do Maracanã detém o recorde de maior assistência na história, ao juntar 95 mil pessoas para o embate entre o Brasil e a União Soviética.

A União Soviética é a equipa com mais medalhas, mas pertence à equipa feminina de Cuba o feito inédito de conquistar a medalha de ouro em três edições consecutivas (1992, 1996 e 2000).

José Roberto Guimarães é o único tricampeão olímpico brasileiro. O treinador venceu a modalidade nos Jogos Olímpicos de 1992 com a equipa masculina brasileira, e com a feminina tanto em 2008 como em 2012.

Corrigido dia 12/08/2016, rectificando as origens do judo.

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