John Oliver e Amy Schumer gostariam de mim? Gilmore Girls voltam em Novembro

Cheias de vontade de vincar que vivem em 2016, Lorelai e Rory, ou Tal Mãe, Tal Filha voltam no Netflix e já há uma nova cena para ver. Estreia na Black Friday.

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É o formato preferido dos regressos ao passado televisivo: as event-series ou séries-acontecimento, chamariz para os antigos fãs com tom de urgência e promessas de que será só mesmo durante um bocadinho que estarão no ar. As Gilmore Girls, ou Tal mãe, tal filha, são a mais recente dupla a voltar à TV actual. E a nova série é tão 2016 que passará no Netflix e fala de Amy Schumer e John Oliver como prova de que o tempo passou mas elas continuam atentas.

Imagens da nova temporada, uma série-acontecimento com apenas quatro episódios, foram apresentadas quarta-feira em Los Angeles durante o painel do Netflix dos encontros da Television Critics Association. Os presentes viram ainda os primeiros dois minutos do primeiro episódio. O elenco original está quase todo de volta, com Melissa McCarthy, Scott Patterson, Keiko Agena, Yanic Truesdale, Kelly Bishop ou Jared Padalecki, Milo Ventimiglia e Matt Czuchry.

Vindas da era Jon Stewart e Tina Fey, Lorelai e Rory Gilmore, ou a mãe e filha que vivem numa cidadezinha de postal no Connecticut, são interpretadas por Lauren Graham e Alexis Bledel. A série era conhecida pelos seus diálogos rápidos e cheios de referências de cultura popular e juntou um grupo fervoroso de fãs, tendo além disso sido uma das rampas de lançamento de Melissa McCarthy (Sookie).

Agora, vão ter mais um ano de vida depois do cancelamento da série em 2007. Cada um dos episódios (todos se estreiam ao mesmo tempo no Netflix) tem 90 minutos e corresponde a cada uma das quatro estações do ano. A sua presença no operador de streaming não é um acaso – muitas séries estão a ganhar novas audiências, não pelas repetições nos canais de televisão convencionais mas ao estarem disponíveis no Netflix, Hulu ou Amazon, que assim as põem em contacto com novos públicos. A criadora da série confirmou-o em Los Angeles: “Quando [a série] chegou ao Netflix, toda uma nova geração veio ter connosco e começou a falar sobre a série”, disse Amy Sherman-Palladino, já que originalmente a série passava nos canais de cabo de sinal aberto The WB e CW.

Estreia-se a 25 de Novembro em todos os mercados do Netflix, incluindo Portugal. A data, no mercado americano, tem um potencial especial para uma série familiar – é o dia após o Dia de Acção de Graças, conhecido como Black Friday pelos saldos nas compras e pela ponte que permite a muitos consumidores.

O clip mostra, como outras séries recentes antes dela (e pense-se no reboot de Ficheiros Secretos e nas menções constantes ao mundo de 2016) vontade de vincar que está a viver na actualidade. Lorelai pergunta à filha se ela acha que Amy Schumer, a mulher que ascendeu ao pódio da comédia mundial no ano passado, gostaria dela ou se John Oliver, o antigo correspondente do Daily Show cuja nova série na HBO o tornou numa nova voz da indignação americana, a acharia gira.  

Esta semana, no meio de vários anúncios para o futuro, o Netflix avançou que vai ter o seu próprio filme sobre os Panama Papers com os jornalistas que lançaram os primeiros trabalhos em torno dos documentos sobre off-shores, Frederik Obermaier e Bastian Obermayer do Süddeutsche Zeitung. Com base no livro de ambos, Panama Papers: Breaking the Story of How the World’s Rich and Powerful Hide Their Money, o filme contará ainda com a colaboração de Marina Walker, vice-directora do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, e Gerard Ryle, que dirige a sede do Consórcio em Washington. Do lado da produção estão a John Wells Productions (Love&Mercy, sobre Brian Wilson) e Claire Rudnick Polstein, bem como o produtor executivo Zach Studin.

Entretanto, também Steven Soderbergh, afastado do cinema em prol da televisão nos últimos anos, está a tentar produzir e talvez realizar um filme adaptando por seu turno o livro Secrecy World, do também membro do Consórcio Jake Bernstein.

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