Durão no Goldman Sachs é “exemplo da UE que temos hoje”, diz Jerónimo

Líder comunista denuncia o actual objectivo das instituições europeias: "servir o grande capital".

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Jerónimo de Sousa continuará a ser o secretário-geral Rui Gaudêncio

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou neste sábado que a nomeação de Durão Barroso para o Goldman Sachs é "mais um exemplo da União Europeia dos dias de hoje", referindo que demonstra que o objectivo tem sido "servir o grande capital".

"É mais um exemplo da União Europeia que temos hoje, neste corrupio em que um grande grupo económico envia quadros para a União Europeia e a União Europeia depois devolve quadros para esse grupo económico. Sem pretender fulanizar, é demonstrativo que esta União Europeia serve o grande capital e que os dirigentes colocados nas instituições têm esse objectivo", disse o líder do PCP, durante uma visita às festas da Baixa da Banheira, na Moita.

O grupo Goldman Sachs International (GSI) anunciou, na sexta-feira, a nomeação de José Manuel Durão Barroso para seu presidente não-executivo e consultor do banco de investimento.

Jerónimo de Sousa referiu que esta nomeação é "mais um caso dos muitos que temos vindo a verificar", explicando que não vê nenhuma vantagem para Portugal.

"Durão Barroso já tinha um cargo, e Portugal foi fustigado com as imposições da União Europeia, não foi por ser português que tivemos a vida facilitada. Lembro-me de uma expressão de outros tempos, em que se dizia que Roma não paga a traidores, mas Roma pagou sempre a quem os serve. É apenas uma imagem, sem fulanizar, mas estas opções e esta fusão entre altos cargos e a direcção da União Europeia não ajudam a ética e a transparências nesses processos", concluiu.

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