Bebé de mãe em morte cerebral já deixou o hospital

Permanece a dúvida sobre quem vai criar o bebé, uma vez que a custódia é disputada pelo pai e pela família materna de Lourenço Salvador.

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Lourenço Salvador passou o primeiro mês de vida nos cuidados intensivos da Maternidade Alfredo da Costa Pedro Cunha (arquivo)

Lourenço Salvador nasceu há 29 dias e este é o primeiro que vai viver fora do ambiente hospitalar do Hospital São José e da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. O bebé, que está desde o nascimento no centro das atenções por ter crescido no útero da mãe em morte cerebral, teve alta nesta terça-feira, confirmou ao PÚBLICO a assessoria de comunicação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, à qual pertence a maternidade.

O bebé — que durante quase quatro meses esteve no útero da mãe em morte cerebral, após uma hemorragia — passou o primeiro mês de vida nos cuidados intensivos da maternidade.

Desde o nascimento, a 7 de Junho, tem sido colocada a questão de quem fica com o bebé, uma vez que tanto o pai como a família materna têm manifestado a intenção de criar a criança. No entanto, todos os dispositivos jurídicos indicam que cabe aos progenitores, neste caso ao pai de Lourenço, assumir a guarda da criança.

“O exercício da paternidade cabe em primeira linha aos pais”, como já indicara ao PÚBLICO o advogado do centro hospitalar, Pedro Madeira de Brito.

Segundo avançou a TVI, os avós maternos de Lourenço já entregaram no tribunal um pedido pela custódia do bebé. Esta é a via pela qual o pai de Lourenço pode efectivamente perder a guarda do filho, caso o tribunal dê como provado que não tem condições para assumir as responsabilidades parentais.

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