Acções do Santander e Deutsche Bank caem após chumbo nos testes de stress nos EUA

Os dois bancos não corrigiram fragilidades já anteriormente detectadas pela Fed.

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O maior banco alemão não corrigiu fragilidades detectatadas há dois anos.

As subsidiárias norte-americanas do Deutsche Bank e do Santander chumbaram no teste anual de stress da Reserva Federal americana (Fed), devido a falhas nos planos de capital e gestão de risco. Em reacção a este “cartão vermelho”, as acções do banco alemão seguiam esta quinta-feira, pelas 10h00, a cair 3,44%, e as do espanhol a deslizar 2,24%.

O Santander Holdings USA falhou a avaliação do banco central americano pela terceira vez consecutiva e o Deutsche Bank Trust Corporation também repete o “chumbo” pelo segundo ano. Ou seja, as duas instituições não reforçaram os seus capitais, nem melhoraram a gestão de risco, de forma a cumprirem as exigências da Fed.

Esta quarta-feira, a Fed comunicou que tinha detectado, nos resultados finais do teste, falhas significativas em termos qualitativos devido “às vastas e substanciais debilidades no que diz respeito aos seus processos de planeamento de retorno de capital".

A consequência imediata desta decisão é bloquear qualquer tipo de distribuição de capital dos dois bancos (distribuição de dividendos) e ficam ainda impedidos de recomprar acções, ou decidir aumentos das remunerações dos seus gestores.

Um terceiro banco, o norte-americano Morgan Stanley passou no teste com reservas, ficando obrigado cumprir as falhas identificadas num período de seis meses.

Na semana passada, a Fed anunciou que os 33 bancos considerados sistémicos para o sistema financeiro, ou seja "demasiado grandes para falir", tinham passado nos aspectos fundamentais do teste de stress, o que significa que considerou que tinham uma estrutura de capital suficiente para aguentar um grande choque económico, como uma recessão grave.

A Fed considera que o facto de a grande maioria das instituições ter recebido aprovação mostra as vantagens dos requisitos de capital impostos pelo banco central americano desde a crise financeira de 2008. Com Lusa

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