Feira Popular de Lisboa poderá custar 70 milhões de euros

Segundo um plano preliminar elaborado por uma empresa holandesa, o preço dos bilhetes deverá ser de dois euros.

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Criada em 1943, a Feira Popular de Lisboa fechou as portas em 2003 José Caria/PÚBLICO

A nova Feira Popular de Lisboa deverá implicar um investimento de cerca de 70 milhões de euros, de acordo com um plano preliminar desenvolvido pela empresa Jora Vision. Já a entrada no espaço deverá custar dois euros por pessoa.

Estes são alguns dos números que constam daquele plano, elaborado pela empresa holandesa especializada em parques de diversões. Datado de Outubro de 2015 o estudo, que custou 57 mil euros à Câmara de Lisboa, foi agora divulgado pelo vereador do CDS, João Gonçalves Pereira, que em declarações ao Observador o classificou como uma “extravagância”.

No documento estima-se que a nova Feira Popular implique um investimento de pouco mais de 70 milhões de euros, dos quais cerca de 27 milhões têm a ver com as atracções. Já a “paisagem”, rubrica que inclui a preparação do local, as infra-estruturas subterrâneas, as paredes de contenção e o paisagismo, deverá custar 19,5 milhões de euros. A previsão da Jora Vision é que o desenvolvimento do tema e a decoração consumam 15 milhões de euros e o design e engenharia outros 3,2 milhões. 

Já os bilhetes para entrar no espaço, que vai nascer em Carnide, junto à estação de metro da Pontinha, deverão ter um custo de dois euros. Segundo as projecções da empresa holandesa, em 2018 a nova Feira Popular de Lisboa poderá receber 800 mil visitantes, número que se prevê que suba gradualmente até atingir 1,4 milhões em 2022.

Em relação àquele que será o público-alvo do parque de diversões, no plano preliminar fala-se em dois grupos preferenciais: as famílias e os que “procuram emoções”. A pensar no primeiro grupo sugere-se a oferta de atracções “mais suaves e amigáveis”, “situadas num ambiente mais romântico e tradicional”. Para os segundos, essencialmente adolescentes, fala-se em “excitação, desafios, altas velocidades e adrenalina”.  

Entre as 25 atracções sugeridas no estudo estão uma roda gigante, várias montanhas-russas, um carrossel, uma casa de espelhos e vários jogos. Também não faltam os carrinhos de choque que o presidente da câmara, Fernando Medina, já disse que gostaria de ver na nova Feira Popular de Lisboa. 

No estudo elaborado pela empresa especializada em parques de diversões diz-se ainda que “a cultura portuguesa tem uma selecção de promissores elementos arquitectónicos, padrões, cores e tradições”, “componentes que ajudam a caracterizar o parque como sendo um parque português ao invés de qualquer outro”. A calçada portuguesa e os azulejos são alguns dos exemplos apontados a esse nível.   

No site sobre a Feira Popular que foi recentemente lançado pela autarquia, e no qual quem quiser pode deixar sugestões, sublinha-se que este “é um projecto muito ambicioso que se vai desenvolver ao longo de vários anos, em várias etapas” e que quando ele estiver concluído Lisboa terá ganho “um grande parque verde com cerca de 20 hectares”. 

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