O Governo nomeou António Valadas da Silva para assegurar a presidência do conselho directivo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) temporariamente a partir de 14 de Junho. O novo presidente é nomeado em regime de substituição, até que esteja concluído o concurso da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap).

Aquela comissão já deu início ao procedimento e está à espera que o Governo homologue o perfil dos candidatos, para então proceder à abertura do concurso. O prazo para o Ministério do Trabalho decidir se dá luz ver ao perfil proposto pela Cresap ou se propõe uma alternativa devidamente fundamentada está prestes a terminar.

Valadas da Silva, que entre 2009 e 2015 foi conselheiro para os assuntos do trabalho e do emprego na Missão Permanente de Portugal junto dos Organismos e Organizações Internacionais em Genebra (NUOI), vem ocupar o cargo deixado vago pelo anterior presidente, Jorge Gaspar, que também estava em substituição e apresentou a demissão em meados de Maio.

De acordo com uma nota divulgada nesta quarta-feira pelo gabinete de imprensa do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, Valadas da Silva foi chefe de gabinete de Ferro Rodrigues (durante o Governo de António Guterres) e é quadro do IEFP desde 1985,

O novo presidente do instituto foi subdiretor-geral do Departamento para os Assuntos do Fundo Social Europeu entre 1987 a 1990, e conselheiro para os assuntos sociais na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia em Bruxelas (REPER) de 1990 a 1998. Assumiu ainda a vice-presidência do conselho directivo do Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu entre 2001 a 2002 e, logo a seguir, foi nomeado presidente do mesmo instituto, cargo que exerceu até 2008.

Actualmente, todo o conselho directivo do IEFP está em regime de substituição. No final do ano passado, o Governo fez cessar as comissões de serviço do presidente e dos dois vogais que tinham sido escolhidos pelo anterior executivo na sequência de concursos da Cresap.

O presidente, Jorge Gaspar, acabou por manter-se em funções a título transitório, mas em meados de Maio acabou por apresentar a demissão, não se conhecendo as razões para a sua saída. Já os vogais e o vice-presidente (lugar que o anterior Governo nunca chegou a ocupar) foram nomeados transitoriamente e os cargos estão a ser assegurados por pessoas próximas do PS ou de dentro do IEFP.

Tal como fez quando nomeou os restantes dirigentes em substituição, o Ministério do Trabalho, destaca o "vasto curriculum profissional e académico deste novo dirigente, sempre ligado às áreas do trabalho, emprego, assuntos sociais e formação profissional, tanto a nível nacional como internacional".