Bruxelas admite dinheiro público na capitalização da CGD

Comissária da concorrência diz que não há problema, desde que o Estado invista como um privado.

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Margrethe Vestager, comissária europeia da Concorrência. REUTERS/Sebastien Pirlet

 A comissária da concorrência, Margrethe Vestager, garante que Bruxelas não tem preconceitos em relação à propriedade pública da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que o Estado pode investir no banco como faria qualquer outro investidor privado.

Em entrevista à TSF/DN/JN/Dinheiro Vivo, a comissária europeia garante que “como uma questão de princípio, um Estado pode investir” num banco público. “Não tem de ser necessariamente ajuda de Estado. Se o Estado investir como um investidor privado o faria, bem isso é excelente para nós e, claro, não é ajuda de Estado”, garantiu.

Vestager garante ainda que a Comissão Europeia não tem qualquer preconceito em relação à propriedade pública de um banco. “De maneira nenhuma. Nós somos neutros em relação à propriedade. Por isso, não há qualquer questão em relação à propriedade”, assegura a comissária.

Mas deixou um aviso, salientando que a Comissão Europeia tem poderes para travar uma intervenção na CGD. “Os únicos casos em que temos um papel a desempenhar é, obviamente, quando o dinheiro dos contribuintes é usado de uma forma que não similar à forma como um investidor privado usaria o dinheiro”,disse, deixando claro que a análise será sempre feita do ponto de vista da legalidade e que não á qualquer apreciação política.

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