Artistas portugueses "picam" surpresas

O que White Haus, Sensible Soccers e Linda Martini querem espreitar no NOS Primavera Sound

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White Haus é o nome com que se apresenta no dia 10 no Parque da Cidade João Vieira, a solo e em electrónica em tempo de pausa dos X-Wife. E tem muito que deseja ver no cartaz, nomeadamente de vozes femininas. 

Para começar, as U:S: Girls, ou seja, a americana Meghan Remy. "Half Free" é um dos álbuns preferidos do momento de João Vieira, que gosta de o ouvir nos seus headphones no seu dia-a-dia. Nunca teve oportunidade de a ver ao vivo, pelo que não quer perder este concerto.

Depois, PJ Harvey. “Simplesmente porque é uma das minhas artistas preferidas de sempre. Acho que é uma das figuras principais do rock (masculino ou feminino), e também porque não me canso de ouvir o último single [‘The orange monkey’] em ‘repeat’...”

Segue-se Julia Holter - “Outra miúda!”. Para João Vieira, "’Loud City Song" é um álbum excepcional, ouvi-o vezes sem conta... Vi uma actuação dela ao vivo na KEXP (via Youtube) e fiquei superimpressionado... Estou sobretudo curioso para ver como funciona o concerto num festival.”

O artista refere ainda os compatriotas Sensible Soccers, que considera “um dos projectos portugueses mais interessantes da actualidade, são todos bons rapazes, e por acaso partilhamos o mesmo baixista!”. De qualquer forma, termina o homem por trás do nome White Haus, “gosto sempre de ir ‘picando’ e espreitar outros concertos, sobretudo gosto de ser surpreendido por algo que não conheço”.

No dia 9 sobem a palco os nortenhos Sensible Soccers. Hugo Gomes, Filipe Azevedo e Manuel Justo chegam ao NOS Primavera Sound cheios de curiosidade pelos seus colegas de palco: "Para além de andarmos por lá a ‘picar’ um pouco do que o cartaz tem para oferecer, estamos sobretudo curiosos para ver pela primeira vez os Tortoise, porque é uma banda que gostamos e nos acompanha desde a adolescência e que nunca vimos ao vivo.”

Dos projectos mais recentes, querem ver Floating Points, sobretudo no formato de banda em que o produtor inglês Sam Sheperd se apresenta agora. Têm também uma certeza: “Vamos com certeza rever os Air, porque são sempre óptimos e têm um arsenal de grandes músicas e, tal como os Tortoise, também nos acompanham desde muito cedo.”

Por fim, não vão perder a oportunidade de ver “uma lenda viva como o Brian Wilson a tocar um álbum tão lendário como o “Pet Sounds”".

Por fim, os Linda Martini sobem da capital até à Invicta para tocar no dia 11. Mais contemplativos e poéticos, não citam nomes, mas a totalidade do festival. “Sempre olhámos para os cartazes do Primavera Sound de Barcelona com o desejo, longínquo, de poder fazer parte. Um dia a Primavera chegou ao Porto e, com ela, acabou por chegar o cumprir desse desejo. Este ano voltamos ao Porto e queremos ser muito felizes lá, onde vamos apresentar o [último álbum] ‘Sirumba’, pela primeira vez, numa cidade que tantas alegrias nos tem dado.”