15 detidos por suspeitas de corrupção no futebol

Operação "Jogo Duplo" visou jogadores, dirigentes, empresários e membros de uma claque.

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A Polícia Judiciária (PJ) levou neste sábado a cabo uma operação de combate à corrupção no fenómeno desportivo que culminou com 15 detenções. Entre os detidos, contabilizam-se essencialmente elementos ligados ao campeonato da II Liga, que terminou nesta tarde com a subida do Feirense e as despromoções de Mafra, o Farense e o Atlético.

De acordo com o que o PÚBLICO apurou, foram detidos quatro jogadores do Oriental, outros quatro da Oliveirense, o presidente (Carlos Oliveira) e o director desportivo do Leixões, quatro empresários e um membro da claque do FC Porto Superdragões.

"No final do jogo desta tarde com o Atlético no Estádio da Tapadinha, a Polícia Judiciária abordou os jogadores do Oriental André Almeida, Diego Tavares, João Pedro e Rafael Veloso e levou-os para as suas instalações para serem ouvidos", lê-se na página oficial do Oriental do Facebook

Em causa está a viciação de resultados no âmbito de um esquema de apostas que envolve empresários asiáticos. Os jogadores receberiam subornos para prejudicarem as próprias equipas que lutavam pela manutenção na II Liga, cometendo erros deliberados, tornando previsíveis os resultados para os apostadores envolvidos.

A investigação começou há cerca de dois meses e o inquérito crime é liderado pela 9.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, uma secção com magistrados experientes na investigação da criminalidade económico-financeira complexa.

Na operação deste sábado, que decorreu em Lisboa e Oliveira de Azeméis, estiveram no terreno procuradores daquela secção e dezenas de inspectores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República confirmou, entretanto, que sob investigação estão "factos susceptíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e activa na actividade desportiva, nele figurando como suspeitos dirigentes e jogadores de futebol, bem como outras pessoas com ligações ao negócio das apostas desportivas". Com Lusa

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