Ferrovial constrói primeira barragem da Iberdrola no Tâmega por 91 milhões

A construtora portuguesa MSF também faz parte do consórcio que vai construir a barragem de Daivões.

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O grupo Iberdrola é liderado por Ignacio Galán AFP PHOTO / RAFA RIVAS

Os trabalhos de construção da primeira barragem da espanhola Iberdrola no rio Tâmega já foram adjudicados à construtora Ferrovial e deverão prolongar-se por dois anos e meio. Numa nota divulgada nesta quinta-feira, a eléctrica espanhola anunciou que “o consórcio liderado pela Ferrovial Agroman, no qual participa a empresa portuguesa MSF, foi seleccionado pela Iberdrola para construir a barragem e a usina hidroeléctrica de Daivões no rio Tâmega”. O contrato prevê "um investimento de mais de 91 milhões de euros".

Trata-se do “primeiro contrato dos quatro” que a eléctrica irá adjudicar como parte do complexo hidroelétrico no rio Tâmega. Este projecto “compreende a construção de uma barragem de betão em arco-gravidade de 75,5 metros de altura e 264 metros de comprimento e uma usina que conterá duas turbinas de 118 megawatts (MW) de capacidade instalada”, refere a nota da Iberdrola.

Além disso, o consórcio liderado pela Ferrovial realizará as “obras de desvio do rio com a execução de um túnel de 388 metros de comprimento e um açude regulador de 71 metros de largura e 10,5 metros de altura” a 2,2 km a jusante da barragem.

Segundo a nota de imprensa, a Ferrovial também construiu o túnel de acesso ao futuro complexo hidroelétrico de Gouvães e as galerias de reconhecimento da barragem no Alto Tâmega.

“A Ferrovial Agroman tem uma grande experiência no desenvolvimento deste tipo de projectos no exterior”, sublinha a empresa liderada por Ignacio Galán, lembrando que o grupo espanhol está neste momento a construir um projecto hidroeléctrico no Chile.

Os projectos da Iberdrola no Tâmega (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega/Vidago) são as únicas grandes barragens do Plano Nacional de Barragens que vão prosseguir num futuro próximo, já que o Governo anunciou recentemente o adiamento da construção da barragem de Fridão da EDP (Tâmega) e a suspensão do projecto da Endesa no Mondego (Girabolhos).

 

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