Aos 24 anos, Susana Sousa propõe-se a ser condutora e guia turística na cidade de Viseu. Adquiriu uma motorizada, transformou-a num “tuk tuk” com capacidade para três pessoas e criou circuitos turísticos. O serviço inclui ainda uma lembrança da viagem em fotografia ou vídeo. O veículo, com motivos inspirados no painel de azulejos da autoria do mestre Joaquim Lopes, parte do Largo General Humberto Delgado para dar a conhecer a cidade histórica, a cultura e a gastronomia, com destaque para o vinho do Dão. À disposição do turista estão circuitos que passam, por exemplo, pela Quinta da Cruz, percorrem o centro histórico e dão a conhecer quintas e produtores.

Susana Sousa, licenciada em Turismo, é a condutora e proprietária do primeiro “tuk tuk” de Viseu, um veículo motorizado utilizado apenas para fins turísticos. “Não é um transporte urbano, mas sim mais uma forma de descobrir esta região”, realça a jovem que quer aplicar “ao serviço” da sua cidade os conhecimentos adquiridos durante o seu percursso académico. “Achei que esta seria uma ideia engraçada para colocar em prática em Viseu, à semelhança do que acontece em outras cidades e vilas do país”, sublinha. Depois da ideia, Susana Sousa partiu para a constituição da empresa. Pediu uma licença enquanto agente de animação de turismo, financiamento ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, agilizou os procedimentos legais com a autarquia viseense e comprou a motorizada de marca italiana. “A carta não foi preciso tirar porque já tinha a licença normal de condutora de automóveis”, explica.

Para já, a empresa arranca apenas com um “tuk tuk”, mas a jovem gostaria de ver o negócio a crescer. O “optimismo” é comprovado, afirma, pela análise do mercado. “Foram consultadas estatísticas e deu para perceber que o número de turistas em Viseu está a aumentar”, sublinha.

Segundo Susana Sousa, “o intuito deste projecto é contribuir de forma positiva para o turismo da cidade, assim como dinamizar a Rota dos Vinhos do Dão. Outra vertente são os eventos, com a oportunidade de alugar a mota para casamentos e assim proporcionar um serviço diferente”, informa.

A jovem esclarece ainda que este não se trata de “um serviço de táxi”, até porque não pode transportar bagagens, antes “mais um meio para promover a minha cidade”.